terça-feira, 4 de agosto de 2009

Professores turbinados

VILA OLÍMPICA

Flavio Ruggiero explica o que é o projeto Segundo Tempo e como funcionam as oficinas de capacitação
por Hosana Souza

D e 27 a 31 de julho foram realizadas as oficinas de capacitação para os professores de educação física do projeto Segundo Tempo. As oficinas de skate, de atividades aquáticas, de futebol, handebol, vôlei, basquete, brinquedos cantados e xadrez, foram organizadas com a intenção de mudar a identidade do projeto.

“O programa Bairro-Escola tenta conciliar atividades físicas, cognitivas, culturais e intelectuais e, visando a universalização do programa, se percebeu a necessidade de inserir atividades e ampliar o conhecimento dos professores e da comunidade”, diz o professor e coordenador do projeto, Flavio Ruggiero, 39 anos.

O Segundo Tempo é uma ação que visa diminuir a condição de risco social das crianças e dos moradores próximos à escola por meio dos esportes individuais e coletivos. O projeto leva o material esportivo e prevê o reforço alimentar durante a formação em horário integral. As oficinas da semana tiveram como “carro-chefe” a cultura popular, com a intenção de resgatá-la e mantê-la viva, falando da cultura regional e das suas influências.

“Tentamos sempre criar um repertorio de atividades partindo das vivencias dos alunos e do ambiente da comunidade, fazendo com que a escola torne-se algo prazeroso para as crianças”, diz Flavio, que nos conta, também, que o projeto se embasa nos “Quatro Pilares da Educação pela UNESCO”, onde a criança tem a oportunidade realizar uma determinada atividade, senti-la e recriá-la.

Durante a formação dos professores do projeto Segundo Tempo, uma frase foi constantemente repetida durante a semana. “O professor não precisa ser o melhor do mundo, basta não ser apenas mais um no mundo”. E é com esse pensamento que o projeto segue, superando as dificuldades do dia-a-dia escolar e repensando em todos os momentos as práticas pedagógicas. Esses profissionais carregam o projeto transformando erros em acertos, e acertos em vitórias.

“Sou uma laranja dessa terra, um cidadão de origem humilde, nascido e criado em Nova Iguaçu. É com grande esforço que realizamos essas ações que vão ao encontro das necessidades do povo iguaçuano. Só tenho a agradecer aos professores que me auxiliam e as experiências que contribuem, e muito, para nossa formação. O mais importante do projeto é doar e aprender, trabalhando para formar um povo mais cidadão e mais representante em suas comunidades”, diz Flavio.

A dura rotina do Segundo Tempo e a dificuldade para a organização das oficinas de formação é bem característica de projetos com cunho social. Mas com determinação, aos poucos esses profissionais derrubam barreiras e superam expectativas, além de transformar a vida de varias crianças.

Interatividade:
Qual é a real importância de se investir em capacitação para os professores da rede pública?

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