Curta que fala sobre sexualidade faz sucesso com o público do Iguacine
Por Camilla Medeiros e Jefferson Loyola
Um dos curtas que está concorrendo a mostra competitiva fala sobre os vários caminhos da sexualidade. ”Um lugar para beijar”, de Neide Duarte, parte de alguns lugares da cidade de São Paulo, onde diferentes figuras demonstram sua maneira de lidar com a homossexualidade.
Esses personagens nos confrontam com algumas questões que muitas vezes são ignoradas pela condição a que são submetidos. Mais do que vítimas de preconceitos, eles têm coragem de enfrentar diariamente seus conflitos pessoais.
Mais ainda, o filme localiza essas figuras em um ambiente inóspito e por vezes distante de toda vida moralmente aceita na sociedade. Uma procura incerta por um lugar propício para se beijar, pois podem sofrer preconceitos se forem pegos por outras pessoas e acham uma falta de respeito se beijarem na frente de pessoas, como idosos e crianças. Não fala somente sobre a sexualidade. Fala também sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre sofrimento nas relações homossexuais.
Uma das frases que arrancou mais aplausos da plateia foi proferida por um senhor que durante anos lutou contra a própria sexualidade. “Preconceito às vezes não vem do próximo, e sim de si mesmo”, disse ele para a câmera. Quando resolveu se assumir, e contou toda a verdade para a esposa e os filhos, sofreu muito com a incompreensão de sua família e amigos.
Infelizmente, os representantes do curta não puderam comparecer na exibição. Não puderam ver o sucesso do trabalho deles quando a sessão terminou.
Interatividade:
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