domingo, 30 de agosto de 2009

Metronomizando

HOJE NO II IGUACINE

Homo Metronomus SP, curta elaborado por alunos de Ribeirão Preto, mostra que o cotidiano é mutante.
Fernanda Bastos da Silva e Edson Borges Vicente

Cuidado com o cotidiano. Essa parece ser a proposta de Homo Metronomus SP, o filme elaborado pelos alunos da oficina Cineinstein do Colégio Einstein Ribeirão Preto que foi exibido na mostra competitiva 5 de hoje no II IGUACINE.
Cid Machado, professor e produtor de áudio visual confere aos alunos da oficina os méritos do vídeo. Segundo ele, foi durante as oficinas, que se dividiram em semestre teórico e semestre prático, que surgiu a idéia de trabalhar o cotidiano e o surealismo. Tudo de forma simples e objetiva, “sem efeitos especiais mirabolantes e fogos de artifício” comenta. O roteiro foi escolhido com unanimidade e, inicialmente, trataria do coditiano de um operário. A idéia ainda passou por recortar um caixa de supermercado até chegar ao escritório que nada mais era do que o próprio ambiente escolar. Produto de oficinae e recorte da propria escola, o filme não fez feio e foi um dos escolhidos dentre mais de 250 enviados à curadoria do evento que recebeu propostas de todo o país.

O filme produzido em MiniDV trata o cotidiano de um homem comum que leva a vida com a automação de um robô. Trabalhando em um escrítorio, ele divide seu tempo diário rigorosamente cronometrado entre acordar às seis da manha, escovar os dentes e ir ao trabalho (com repetição extrema até mesmo do ato de passar o cartão de ponto na entrada), a digitação massiva em um computador entre um cafézinho e outro além de muitas pizzas no almoço. Ao fim do dia ele apenas chega em casa, assiste televisão e come pizza. No dia seguinte a rotina se repete como o nascer do sol. Com o passar do tempo, seu corpo passa por transformações que o remetem à imagem de um computador. Esse processo, que aparente mente o tomaria por completo, só é quebrado quando uma colega de trabalho arrisca um diálogo com ele durante o café. A única fala do filme é “você prefere amargo?”, momento o qual ele entra em transe e quebra sua rotina no dia seguinte, voltando a ser um ‘homo sapiens sapiens’.
Professor Cid acredita que o festival Iguacine é uma democratização das produções ao não fazer acepção entre produções autorais e de oficinas. Veterano no Iguacine, tendo participado da primeira edição, ele promete voltar ano que vem para trazer novas imagens para o público degustar.

Beijos e Boa Leitura

Interatividade:
O que você faz pra fugir da rotina?

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