Escola Livre de Cinema recebe alunos e educadores para oficinas
por Josy Antunes
Às nove da manhã, uma mesa repleta de pães, biscoitos e sucos recepcionava as turmas que participaria das seguintes oficinas: "Imagem cidadã" - liderada por Negro JC e Fabrício Noronha, vindos de Vitória e São Paulo, exclusivamente para o evento - e "Oficina de Imagens", tendo à frente Bernardo Brant.
Cerca de 35 pessoas aguardavam a segunda oficina, incluindo mediadoras de Incentivo à Palavra e professores da rede municipal de Nova Iguaçu. Esse encontro aconteceu há poucos instantes, aqui na Escola Livre de Cinema, onde os jovens repórteres estão participando ativamente, noticiando através do blog e twitter.
Os presentes conversavam muito entre si, arriscando o que seria proposto nos momentos seguintes. "Tudo que a prefeitura está oferecendo é algo bem diferente", exclamou Renata Mendes, professora da E.M. Osires Neves. Ela, em comum com os demais, está atenta a tudo que está acontecendo no Iguacine. Na quinta-feira, a abertura, Renata carregou uma turma de alunos para conferir a inauguração da biblioteca Cacá Diegues, onde tiveram contato direto com o mesmo. Ela, moradora de Campo Grande, garante que vale a pena a jornada diária que faz para Nova Iguaçu, onde se sente valorizada como educadora.
Cássia de Souza, professora da E.M. Luiz de Lemos, espera tirar os alunos da rotina, assim como ela própria foi tirada hoje. Já para Marina Araújo, professora do E.M. Douglas Brasil, a palavra "criar" é a chave que pode abrir as portas para uma nova forma de incentivo à educação. Para isso, ela conta com o encontro como fomentador de ideias. "Espero encontrar formas alternativas de transmitir o conteúdo", diz a jovem.
Iniciada a oficina, Bernardo Brant fez questão de conhecer cada participante pelo nome, propiciando um ambiente ainda mais amigável e aberto a intervenções. Uma animação exibida, exibindo de forma lúdica fatos do mundo atual, fez com que todos refletissem. "A gente acaba se sentindo um bonequinho", comenta uma das educadoras. O curta tratou da avalanche de informações que nos cercam diariamente, através de todas as mídias, e da filtragem que deveríamos fazer para que uma opinião crítica possa ser formada. "É tanta coisa que é difícil acompanhar", solta outra.
"Lavagem cerebral", "manipulação" e "sentir-se refém", foram alguns dos termos citados com relação ao assunto. Além da preocupação com seus respectivos alunos, que precisam de auxilio na decodificação de todas essas informações.
Em seguida, um segundo vídeo revelava dados precisos sobre a transmissão de rádio e TV, desvendando segredos sobre a edição de notícias, por exemplo, que transformou muitos rostos em expressões de surpresa. As imagens traziam também para discussão a qualidade da programação da televisão brasileira. "Precisamos levar esse tema para debater entre os alunos", expressa uma mediadora.
Bernardo garantiu a cópia do material exibido, para a transmissão nas escolas, pois o material ficará disponível na recepção da ELC. Usando caixas de papelão, os participantes estão agora fazendo inúmeras experimentações, usando exterior e interior da escola.
Interatividade:
Conte a história de um café da manhã inesquecível.
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