quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Depois de cem anos de solidão

O IGUACINE VEM AÍ


Uma das criadoras do cineclube Buraco do Getúlio, produtora Luana Pinheiro divide sua vida em antes e depois do livro de Gabriel García Márquez
por Robert Tavares

Luana Pinheiro, esse é o nome da primeira dama do cineclube "Buraco do Getúlio". Luana é figura conhecida no campo do audiovisual em Nova Iguaçu. Ela, junto ao seu namorado Diego Bion, movimentam e dinamizam a cena cultural da cidade.

Dona de um sorriso encantador, a jovem, de 23 anos, começou sua vida artística no teatro, quando tinha apenas 16 anos. Insistiu no palco até participar do Geração Futura, uma iniciativa do Canal Futura que organiza periodicamente oficinas de produção audiovisual para alunos do ensino médio e estudantes universitários de todo o Brasil. Mais a paixão pelo cinema coincidiu com a entrada de Diego Bion em sua vida, pai do bebê de três meses que traz em sua barriga. “Ele me convidou para trabalhar como atriz no curta “Primeira sinfonia”, exibido no último Buraco”, conta Luana.

Outra experiência que deu um novo rumo a sua vida começou com a abertura de um e-mail do Observatório de Favelas, convidando-a para fazer um curso na Escola Popular de Comunicação Crítica, mais conhecida como ESPOCC, no Complexo da Maré. Tomou decisão radicais para poder acompanhar aquelas aulas, como trancar a faculdade de letrar e se mudar para a casa da avó. “Como ela mora em Olaria, decidi passar um tempo na casa dela”, conta a primeira dama do Buraco.

Os fatos mostraram que ela estava certa ao fazer aquele curso, que frequentou de agosto de 2005 a dezembro de 2006. Foi no Observatório de Favelas que ela conheceu o cineasta Marcus Vinícius Faustini, hoje secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu. O primeiro trabalho que fizeram juntos garantiu tanto a ela quanto ao seu namorado um convite para que fossem dar aula de Introdução ao Cinema na então nascente Escola Livre de Cinema, em Miguel Couto. “Fomos convidados para dar aula lá quando o prédio estava sendo inaugurado”, lembra Luana.

Hoje Luana Pinheiro é produtora da Escola Livre de Cinema, e está totalmente engajada no II Iguacine, que fará de Nova Iguaçu a capital carioca do cinema a partir da próxima quinta-feira. Mas em momento algum abandonou o Laboratório Cítrico, que fundou em 2006 com o namorado e um casal de amigos. “O Laboratório Cítrico é uma associação cultural que se propõe a fomentar projetos de arte, cultura e educação”, explica. A principal realização da associação é o "Buraco do Getúlio", um cineclube que faz exibições de curtas e discute o fazer artístico há três anos.

A produtora atribui seu sucesso a vários fatores, como os anos no Instituto Brasil e o apoio da família. Mas ela também destaca seu velho amor aos livros. “Desde pequena adoro ler”, diz Luana Pinheiro. O livro mais marcante de sua vida foi Cem anos de solidão, do escritor colombiano Gabriel García Márquez. “Quando você termina essa leitura, a sua vida pode ser dividida em antes e depois García Márquez”.

Para saber mais sobre Luana Pinheiro, visite seu blog. http://enluarados.blogspot.com/

Interatividade:
Você também tem um livro que a marcou a um ponto tal que sua vida pode ser dividida em antes e depois de sua leitura?

Um comentário:

  1. Como assim "capital carioca do cinema"? Não troque as bolas, heim.
    Jairo

    ResponderExcluir

Uma kombi que resiste ao tempo

II IGUACINE Exibido na sessão de homenagens do II Iguacine, 'Marcelo Zona Sul' continua encantando plateias 40 anos depois de sua es...