FORMAÇÃO
Descontração é lei nas oficinas de formação do Bairro-Escola
por Flávia Ferreira
Segunda feira, planejamento e reunião. Isso tudo pode assustar algumas pessoas, principalmente quando se trabalha com crianças, pois o cuidado deve ser redobrado. No entanto, essa regra não se repetiu na reunião do grupo 4 de mediadores de cultura. O clima de descontração ficou claro desde o momento em que o grupo entrou na sala 4 da Escola Municipal Monteiro Lobato. A descontração se devia à informalidade com que a própria coordenadora do grupo, a secretária adjunta de Cultura Sandra Mônica, conduzia a discussão.
Os 14 mediadores se juntaram para pensar no planejamento da primeira semana de atividades do Bairro-Escola, tendo como base um guia distribuído pelas secretarias de Cultura e Educação. O guia contém informações sobre todas as etapas que o mediador irá percorrer durante a semana, divididos em: Conte um conto ( 9 etapas) e Jogo do Lembra (5 etapas).
Enquanto liam a apostila, Ronny Lima encenou como seria trabalhado o ponto 4 do guia, que fala sobre utilizar o corpo para demarcar o início, meio e fim da história. Feito isso, a leitura prosseguiu sem maiores problemas, pois o grupo mostrou que entendia o que estava sendo proposto. “Vão surgir várias dúvidas quando colocarmos em prática”, disse Felipe de Oliveira.
No decorrer da reunião, Perla Cordeiro questionou se em uma hora e quinze minutos de oficina seria possível aplicar o que era proposto. “Eu faço isso em 30 minutos, acho que teríamos que estar preparados para expandir isso, por mais que a ideia não seja essa”, disse Perla. Ela foi contestada por todos os outros mediadores, que disseram ser impossível fazer todas as atividades no tempo que ela disse. “A criança demora um tempo para assimilar”, disse Joelma Lima.
Por mais que o grupo lhe explicasse como seria o trabalho, que ela teria que encenar e criar o maior número de atividades possíveis com as crianças, ela ainda achou importante levar isso como dúvida para a SEMCTUR. Além dessa, questionou-se também a forma como isso seria empregado com as crianças maiores de 11 anos, pois, segundo o grupo, o que foi proposto no guia não teria atrativo para essa faixa etária. “Nessa faixa, os jovens só querem saber de namorar”.
Levantadas as dúvidas, Sandra propôs que todo o grupo participasse de uma encenação sobre o Jogo do Lembra. A proposta era saber se todos entenderam, integrar os novatos com o trabalho e com os antigos. Márcio dos Santos, relator do grupo, foi quem puxou a encenação, seguido por Joelma, que fez a voz dos animais e objetos, entre eles, um peixe, um carneiro, uma pedra e uma formiga. Até os mais tímidos se soltaram durante a peça e terminaram a reunião da mesma forma que entraram: rindo.
“Isso aqui não é nada, não tem vida, quem joga o pó de pirlimpimpim é o mediador”, diz Sandra Mônica, finalizando a reunião com seu inconfundível sotaque.
Interatividade:
Conte a história de um dos seus namoros quando você tinha 11 anos.
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