FORMAÇÃO
Sandra Mônica explica novo modelo de oficinas do horário integral
por Giuseppe Stéfano
Na primeira semana de agosto, o auditório da Escola Municipal Monteiro Lobato, no centro de Nova Iguaçu, foi tomado pelos mediadores culturais do Bairro-Escola, em uma reunião de formação do novo formato do programa que será implantado a partir do segundo semestre em todas as escolas municipais.
Para a realização da formação que será posta em prática no decorrer das oficinas com as crianças, o secretário de cultura de Nova Iguaçu, Marcus Vinicius Faustini, coordena equipes de membros das secretarias de cultura e de educação, que trabalharam na elaboração de uma apostila com exemplos de metodologias a serem aplicadas pelos mediadores.
A secretária adjunta de cultura Sandra Mônica explica tudo detalhadamente na reunião com os estagiários que já participaram no primeiro semestre e os que iniciarão no próximo. "Esse é o primeiro módulo de formação dos estagiários do Bairro-Escola. Esse segundo formato tem o objetivo de interligar todas as oficinas no horário intermediário, já que as oficinas culturais passarão a ter uma interface com as oficinas de Língua portuguesa e de Matemática".
Para que isso aconteça, durante essa semana os mediadores estarão aprendendo estratégias de abordagem com crianças do horário integral. O foco dessas oficinas é, durante os meses de agosto e setembro, trabalhar a oralidade, incentivando a fala e a escuta através de contação de histórias para as crianças e recriação de histórias tradicionais contadas pelo povo. "Serão usadas brincadeiras, como o telefone sem-fio, por exemplo, que mexe com a fala, a audição e a interpretação das crianças", diz Sandra, explicando um dos meios usados para alcançar o objetivo dessa fase, que é potencializar a fala e a expressão corporal.
Contudo, a literatura não poderia ficar de fora dessa metodologia, já que as oficinas de cultura andarão de mãos das com as de Língua Portuguesa. Além do recurso às brincadeiras e histórias que fazem parte do cotidiano infantil, a equipe utiliza textos de um autor que conta histórias populares. "A gente pensou em pegar um autor que é conhecido pelas histórias captadas do povo e por essa ênfase que ele deu à oralidade. Esse autor é Luiz da Câmara Cascudo", revela Sandra Mônica. Câmara Cascudo foi escolhido devido ao valor que dá às histórias de vida das pessoas, com ar cômico, mas que retratava com ludicidade a forma como as pessoas enfrentam situações do dia a dia. Esses contos serão lidos para as crianças e elas soltarão a imaginação.
Nas oficinas de Cultura e Matemática, o livro "O homem que calculava", de Malba Tahan, será usado para mostrar que a matéria escolar tão temida e odiada por tantas crianças pode ser facilmente ensinada e aprendida de forma bem divertida. Sandra Mônica conclui ressaltando a importância da interatividade entre a escola e a comunidade. "Essa conexão será feita quando os mediadores resgatarem as histórias do bairro, as histórias que os pais conhecem e contam para os filhos”, explica.
Tudo que será feito a partir de agosto, está sendo ensaiado durante essa semana. Segunda e terça-feiras, os mediadores estarão recebendo estratégias para serem usadas nas oficinas de Cultura e Língua Portuguesa e, na quarta e quinta-feiras, é a vez dos métodos para trabalhar Cultura e Matemática. Na sexta-feira e no sábado, haverá o encerramento da programação com os estagiários que cuidarão das oficinas de reforço escolar nas escolas da rede municipal de Nova Iguaçu.
Interatividade:
Sugira um grande autor da literatura brasileira que possa ser usado nas oficinas da reforço escolar.
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