FORMAÇÃO
Mediadora de cultura se sente uma criança quando entra na sala de aula
por Flávia Ferreira
Sempre bem-humorada e pronta para qualquer desafio. Assim se define a mediadora de cultura Joelma Lima, 36 anos. Moradora de Comendador Soares, ela trabalha atualmente na Escola Municipal Ivonete, depois de passar pela Escola Municipal José Ribeiro Guimarães e pela Escola Municipal Nicanor. Ao todo, ela calcula um ano e seis meses de atividades no Bairro-Escola. Isso foi tempo suficiente para mudar sua visão em certos aspectos, principalmente na forma como encara as crianças que moram em periferia.
"Aprendi a não lançar um olhar de coitado sobre esses meninos, pois de coitado eles não têm nada. O que é nada para mim é tudo para eles, como o valor que dão a uma pipa ou uma de deizão", diz ela. Para quem não sabe, 'deizão' é o nome dado para um carretel de linha de pipa, muito popular entre os adeptos da brincadeira. Joelma conta que, para comprar esse carretel, alguns meninos chegam a fazer frete no mercado Novo Mundo, em Comendador Soares, vender latinhas e até catar fios de telefone, o que representa um drama para seu marido, que fica sobrecarregado de tanto trabalho para repor os fios que somem "misteriosamente".
Essa história é encarada com muito humor por ela, que transforma suas oficinas em encontros tão divertidos quanto a hora do recreio. "Eu me divirto muito. Ao mesmo tempo em que cobram das minhas oficinas, me identifico e adoro. Até porque dentro da própria Secretaria Municipal de Cultura nos deixam à vontade para expor dúvidas, nosso ponto de vista e as dificuldades que encontramos", explica ela.
Tudo isso começou quando Joelma, ainda na faculdade de Dança da Uniabeu (Universidade Abeu), em Nilópolis, ficou sabendo das vagas que estavam sendo abertas em Nova Iguaçu. Ela procurou a Secretaria Municipal de Educação (Semed), fez a prova e passou. "Eu fui para a Secretaria de Cultura devido ao meu curso de história. Fui direto para o Bairro-Escola, mas como estagiária da cultura".
A primeira escola por onde passou foi a José Ribeiro, depois a Nicanor e agora foi transferida para a Ivonete. A passagem por essas três escolas lhe permite arriscar uma avaliação sobre o programa para o qual trabalha, que dá certo onde a direção o assume. "No Nicanor, o Bairro-Escola não acontece porque a diretora, que está no cargo há 20 anos, acredita que o programa vai tirar sua autonomia", disse ela. Já na Escola Municipal José Ribeiro, a direção, os parceiros e todo corpo docente aprovaram o programa e se esforçaram o máximo para colocá-lo em prática. "Por isso, o programa é um sucesso lá."
Embora o Ivonete não tenha encontrado toda essa união no Ivonete, as atividades do Bairro-Escola funcionam a contento lá. Os mediadores pegam as salas de aula, o pequeno pátio da escola e até a rua para colocar em prática o planejamento discutido durante a formação das segundas-feiras. "Esta formação é de extrema importância para se realizar e aprender com as dificuldades que são encontradas. Assim buscamos uma solução. Sinceramente eu gosto da formação e acho fundamental para realizar as oficinas".
Esta semana foi apresentada uma proposta de oficina para os mediadores colocarem em prática ao longo do segundo semestre. Há pelo menos duas grandes novidades: a fusão das oficinas de cultura com as aulas de português e matemática, além da criação de um guia de ação para os profissionais reunidos na sala de aula. Apesar de mudanças tão radicais, ela saiu confiante do primeiro dia de formação na Monteiro Lobato. "Contribuiu para tirar dúvidas e me permitiu fazer questionamentos sobre a proposta apresentada. Todos os mediadores expõem suas ideias para fazer o guia fluir e ter maior aproveitamento".
Ela destacou a participação do secretário de Cultura na formação, que para ela tem que se repetir nos encontros semanais do mediadores de cultura. "O Faustini tem que estar sempre presente, para que ele próprio diga quais são os objetivos da oficina. Ao menos quinzenalmente ele teria que nos presentear com sua presença", disse rindo.
Mas essa facilidade com que vê o trabalho feito no Bairro-Escola tem um motivo oculto. Há bastante tempo a mediadora trabalha com um projeto de dança realizado com crianças de Ouro Preto, onde ela vira criança novamente. "É tudo divertido, porque eu posso brincar, dançar e correr junto com eles. Eu adoro ser criança, pular corda. Eu sou uma moleca grande, na idade, pois no tamanho, nem tanto (risos). Criança que não corre, não se levanta, não pula muro, não pentelha, só pode estar doente".
Interatividade:
Conte uma atividade que faz com que você se sinta uma criança novamente.
deizão é um carretel, grande, de linha dez
ResponderExcluirque legal esta é minha professora de dança,ela e muito importante pra mim ela e legal e divertida professora eu te adoro .muito legal
ResponderExcluirela dança muito zoa muito e 100% maneira.
ResponderExcluireu tambem danço e ela é muito bonita,e manerona
ResponderExcluira professora joelma também ensina no ouro verde ela é shouuu,parabéns pela reportagem ta 10.
ResponderExcluirgostei muito uauuuuu
ResponderExcluirai pessoal valeu por mandar para mim esta reportagem a tia é manera cara ela dar aula de dança folclórica aqui no ouro fino,valeu pessoal.
ResponderExcluirparabém pela materia joelma e uma pessoa genial.
ResponderExcluirparabéns joelma você merece.boa matéria.
ResponderExcluiresta Bahiana e tudo de bom.
ResponderExcluirCaramba, essa mulher é popular mesmo.. aiai uiuiui... Obrigada a todos e a você Joelma. Bjos
ResponderExcluirfala sério minha professora e dez,gostei da matéria ela dança muitooo e muito genial conhecer vc prof te adoro
ResponderExcluirparabéns pela matéria,ficou igual a prof shouuu
ResponderExcluircaraca eu te achei professora vc ta linda...te adoro
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