JOGOS DE INVERNO
Pivô do time masculino Sub-17 dá um show de perseverança e conquista a vitória no último lance do jogo
por Edson Borges Vicente
Garra, agilidade e coração “impactado”. Esses atributos levaram o pivô Thomas Jefferson, 17 anos, a fazer a cesta de virada nos últimos segundos do jogo Cachoeiras de Macacu x Nova Iguaçu, o primeiro da modalidade Sub 17 nos Jogos de Inverno. Acostumado com as vitórias, o jogador que carrega o título de bicampeão das Olimpíadas da Baixada na mesma modalidade sempre faz a diferença na hora, aliás, nos segundos certos, garantindo o 23 a 21 após três sets atrás do placar.
Morador de Comendador Soares, ele começou a jogar há cerca de três anos, pelas mãos de um amigo, que o chamou para um torneio de rua. Apesar da experiência bem-sucedida, ele não deu continuidade. Mas, como ainda há amigos de verdade, ele foi novamente chamado. Desta vez foi parar na Vila Olímpica, onde descobriu sua vocação. Em pouco tempo foi convocado para compor a equipe do Impacto Basquete, um time-projeto do treinador João que coleciona títulos das Olimpíadas da Baixada na Modalidade Adulto (seis por enquanto). Talvez pela presença de nosso personagem, a partir de então, o time Sub 17 passou a levar pra casa também as medalhas de campeão (bi em 2009).
Jogos de Inverno - Thomas Jefferson
Thomas é estudante do CIEP Valdick Pereira no bairro onde mora e cursa o ensino médio – jogadores do Impacto são antes de tudo, estudantes. Mas as pretensões do salvador da pátria não são nem um pouco amadoras. “O basquete é minha vida. Quero levar o basquete a sério, como uma profissão. Quero seguir carreira. Se não fosse o esporte e o Impacto eu acho que estaria parado”.
Mas seu gesto notável não lhe subiu a cabeça. Perguntado sobre o que achou do jogo, ele comenta. “Hoje, foi um aprendizado. Começamos perdendo mas ao final ganhamos. A gente teve que correr atrás. Tava 16 a 0 e a gente teve que correr muito atrás. A sensação de conquistar a vitória no ultimo segundo é gostosa, mas não podemos desistir nunca”, ensina.
Fazendo a diferença
Mais do que salvar o jogo, ele levantou a autoestima de todas as equipes presentes na competição, iniciada no dia 18. Os meninos do time adulto haviam perdido o primeiro jogo contra os anfitriões, após resistir bravamente por quase três sets. Mas além de estarem em sua casa (no Ginásio Poliesportivo e Cultural Pedro Jahara – o Pedrão), os teresopolitanos eram muito mais e terminaram vencendo pelo cansaço.
O Time Sub-17 perdia até o ultimo set por 16 a 0 e começou a reagir depois da atuação do instrutor Aluísio – que os chamou à responsabilidade já no ultimo set, chegando ao empate por 21 a 21 faltando dois minutos para o término do jogo. A virada do 17 foi feita em uma arrancada e uma cesta de dois pontos por Jefferson faltando exatos 16 segundos para o apito final e reabasteceu os ânimos da galera de Nova Iguaçu, que, a partir daí, não perdeu não perdeu mais nenhum jogo: Feminino Infantil, Infanto-Juvenil e masculino, incluindo os que haviam perdido, ganharam todos os jogos com tranquilidade (principalmente as meninas). Nova Iguaçu mostrava sua verdadeira cara – a de campeão!
Interatividade:
Conte um dia de sua vida em que você foi decisivo para o sucesso de algum projeto.
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