JARDIM NOVA ERA
Oficina das brincadeiras populares mudou postura de mediadora cultural do Leopoldina M.B de Barros
por Edson Borges e Fernanda Bastos
A estudante de história Franciele Ribeiro dos Santos, 23 anos, contabiliza pelo menos dois grandes ganhos no processo de formação dos mediadores culturais: a perda da inibição e as oficinas de brincadeiras populares. “Redescobri antigas brincadeiras e aprendi novas”, afirma ela, que se descobriu como educadora depois de trabalhar no Telecentro e atualmente é mediadora cultural da Escola Municipal Leopoldina M.B de Barros o trabalho entrou .
Chamada de “Braço Direito” pelos professores, a mediadora tem razões de sobra para colocar as oficinas de brincadeiras como uma das principais conquistas do Bairro-Escola no primeiro semestre deste ano. "Mudei minha postura diante da turma", admite Franciele dos Santos, que até então apenas mediava as ações e agora participa delas. “Passei a brincar com as crianças.”
Ela conquistou a confiança do corpo docente da escola ao ignorar a ausência de parceiros e improvisar suas oficinas culturais nos locais e horários menos apropriados. Mas confessa que tem pelo menos um grande problema a superar no próximo semestre. "Tenho que aprender a lidar com a indisciplina dos alunos. “É o sonho de todo professor”, desabafa.
Ela acredita, porém, que pelo parte desse problema seja minimizado com a prometida chegada de parceiros para a escola na qual trabalha. "Isso me daria tempo e espaço para eu mediar minhas oficinas", diz.
Para ela, a socialização das atividades propostas pelos mediadores durante as reuniões semanais de formação no Espaço Cultural Sylvio Monteiro é um fator potencializador do trabalho dos agentes do Bairro Escola. Mas o que ela considera de suma importância e uma forma de enriquecer o leque de possibilidades de criação é a aprendizagem de conceitos e técnicas. “Antes a algumas pessoas nos ensinavam algumas técnicas e a partir daí a gente criava nas oficinas", lembra a mediadora.
Franciele dos Santos gostaria de continuar criando suas oficinas, como tem sido a tônica do trabalho dos mediadores culturais na versão 2009 do Bairro-Escola. "Mas bem que poderíamos ter de novo o apoio de um artista plástico ou outro profissional em condições de nos ensinar técnicas de colagem, pintura, etc."
Para ela, o contato com artistas, professores universitários e grupos culturais sempre traz algo enriquecedor. A partir daí inúmeras possibilidades são levantadas. "Eles não ensinam o caminho, mas como andar", filosofa. "Até porque cada escola e cada turma têm suas especificidades. “Nem sempre as oficinas trabalhadas na formação são possíveis de aplicar na escola. Daí eu adapto segundo a turma”ressalta. Franciele acredita, porém, que a metodologia da formação não sofrerá muitas mudanças. Ela espera que até o final do ano serão trabalhadas as brincadeiras populares.
Interatividade:
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Uma coisa em comum em todos os mediadores é a vontade de fazer o trabalho bem feito independente das circunstâncias e limitações. Parabéns para eles! ^^
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