terça-feira, 14 de julho de 2009

Juntos e misturados

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Percussão do Batuque Moleque e dança dos jovens da Casa do Menor agitam o II Fórum de Educação de Jovens e Adultos de Nova Iguaçu
por Camilla Medeiros

O dia 11 de julho começou com animação total na Vila Olímpica: às 9h da manhã, o instrutor André Silva e seus alunos da Casa do Menor ensinaram a 'Dança da Mãozinha' para as cerca de 500 pessoas presentes ao II Fórum de Educação de Jovens e Adultos de Nova Iguaçu. A coreografia deu um gás todo especial para as mulheres educadoras, maioria esmagadora do evento.

O que se viu na abertura do fórum foi resultado de vários ensaios realizados nas instalações da Casa do Menor, em Miguel Couto. Alunos, instrutores de dança e percussão se uniram para criar a apresentação de abertura do evento. “Fomos convidados a iniciar o evento com uma dança recreativa, trabalhada de forma lúdica, com a ajuda da percussão”, conta André Silva. Ele explica também que alguns alunos foram escolhidos para serem monitores no evento, auxiliando o desenvolvimento da coreografia.

Os alunos que se apresentaram também estão no curso de percussão, formado por alunos internos. Eles já participaram de eventos na Europa e já estão se acostumando com essas apresentações. O instrutor de percussão, Anderson Cruz, fala com orgulho dos alunos e conta que, no início, é sempre difícil, mas todos eles se identificaram com a música e fazem com prazer.

A apresentação no evento significou também a união e aproximação dos grupos de percussão e dança da Casa do Menor. O grupo de percurssão, o Batuque Moleque, é formado por jovens em situação de risco, enquanto o de dança reúne alunos da comunidade de Miguel Couto. A relação entre internos e alunos da comunidade é bem interessante porque o distanciamento vem muitas vezes do próprio interno, que se vê diferente dos demais.

A comunidade é bastante receptiva na aproximação dos internos, buscando não causar constrangimento. E esses alunos que vieram da comunidade têm vontade de se relacionar, sem preconceitos, com os alunos internos. “É muito gratificante perceber que hoje existem fortes laços de amizades entre alunos da comunidade e alunos residentes da Casa do Menor”, comemora Anderson.

Pode ser difícil conceber a reestruturação de adolescentes e crianças que vieram de uma situação de risco, que vieram jurados de morte de outros estados por envolvimento com atividades ilícitas. Mas, na Casa do Menor, esses instrutores e a comunidade de Miguel Couto se dispuseram a ir além de preconceitos e deram uma chance para que esses jovem tenham uma vida digna.


Interatividade:
Que tipo de assistência um jovem em situação de risco deveria ter?

2 comentários:

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