SEJA
Almanaque do UNICEF ajuda famílias a lidarem com adversidades
por Robert Tavares
O UNICEF e a Editora Globo criaram um instrumento lúdico com o objetivo de informar: o Almanaque da Família Brasileira. Ilustrado por Ziraldo, ele fala sobre direitos, a importância do apoio da família e da comunidade e os cuidados necessários para que as crianças cresçam saudáveis e felizes. Dividido em doze capítulos, a publicação é direcionada à mulher, mas tem dicas para toda a família.
Para Bernadete Rufino, secretária adjunta de Educação, o almanaque veio para esclarecer todas as dúvidas que existem nos nossos lares. “Chegou em boa hora”, afirma ela, que comandou sua distribuição no início do ano. Prova disso foi o trabalho desenvolvido no primeiro semestre pela ong F.B.F. (Família Brasileira Fortalecida), que tem atuação em lugares como Cabuçu, Posse, Vila de cava, Miguel Couto, Comendador Soares, KM32, Austin, Lagoinha, Alvorada, Figueira e Centro.
Essas mulheres foram divididas em quatro equipes - coordenação, socialização, síntese e avaliação - e a cada semana um assunto (citado pelo almanaque) era discutido. Essas mulheres citavam exemplos retirados da própria vida e uma tentava ajudar a outra, com o auxílio de uma psicóloga e uma supervisora. "O Almanaque vinha com a teoria e elas com a prática, pois tudo o que era citado elas já tinham vivido", diz Érica Araújo, que supervisionou 240 mulheres em Vila de Cava.
Sempre com a ajuda de dramatizações, músicas, dinâmicas e muito diálogo, a ONG teve um dos seus resultados mais satisfatórios. "Nós ficamos surpresas, pois não contávamos com a participação de tantas pessoas", conta Elaine Braga, que fez acompanhamento de 140 mulheres em Cabuçu. "Foi um trabalho altamente compensador tanto pra nós quanto pra elas".
O trabalho proposto pelo UNICEF é uma espécie de terapia, que trata o interior e o exterior da mulher. "Algumas delas tomavam remédios, eram impacientes, não se cuidavam e hoje em dia tudo é diferente, assim como aconteceu comigo", diz Maria Aparecida, que é moradora de Miguel Couto e mãe de três filhos (por esse e outros motivos, seu marido não a deixava trabalhar, estudar, nem ter amigas).
No início, Maria ia às reuniões escondida, mas no segundo mês a psicóloga aconselhou-a não apenas a abrir o jogo com o marido, mas a convidá-lo para fazer uma visita. Ele foi, gostou e a apoiou a participar definitivamente do grupo. "Eu aprendia aqui a lidar com meu marido e filhos e aplicava lá em casa". Em quatro meses, a vida deles mudou completamente. Hoje, Maria Aparecida vive bem com seu marido e filhos, está trabalhando e pretende retomar os estudos em 2010.
Interatividade:
E sua família, como soluciona os problemas do dia a dia?
É um trabalho muito bonito e que ficou muito bem explicado no texto!
ResponderExcluirAcho que conversar é, teoricamente, a melhor solução.