A professora de Educação Especial em Braile, Fátima Cristina Silva Ramalho, é um exemplo de superação, de mãe e de mulher. Por ser deficiente visual, já enfrentou diversos tipos de preconceito e dificuldades até chegar ao magistério, profissão que abraçou há seis anos. Não foi fácil alcançar seu objetivo. Como se não bastasse a deficiência visual, nasceu em uma família humilde, cuja mãe era do Lar e o pai, motorista de ônibus.
Fátima não nasceu assim. Chegou inclusive a estudar no sistema regular de ensino, do qual só saiu depois que a cegueira gradual a impediu de enxergar o que estava escrito no quadro-negro e de escrever em seu caderno. "Foi difícil parar de estudar", lembra. A mãe percebeu o sofrimento, quase tão grande quanto sua força de vontade e seu gosto pelos estudos. "Ela me levou para o Instituto Benjamim Constant."
Para superar as dificuldades, Fátima traçou metas claras, das quais não abriu mão. “Quando temos um objetivo, temos que correr atrás. É difícil? Sim, é difícil, mas muito pior é ficar dentro de casa e não ter contato com a vida, com o mundo e com o que acontece na sociedade." A professora acredita que, para vencer, um deficiente tem que romper barreiras e construir a sua realidade diariamente. Na prática, isso significa que têm que superar o preconceito seja na família, na religião ou mesmo no trabalho.
Luta para ser efetivada
Um exemplo das dificuldades enfrentadas por Fátima Cristina foi a reação dos técnicos do governo quando souberam que um dos aprovados no concurso que prestou era deficiente visual. "Tentaram impedir a minha efetivação, alegando não ter um tipo de prova apropriado para deficiente visual." Só depois de muita luta foi que ela conseguiu realizar o exame e ser aprovada.
Atualmente ela leciona para as crianças na parte da manhã no Instituto de Educação Rangel Pestana e pela tarde trabalha na “Reabilitação”, um sistema destinado a pessoas que perderam a visão ao longo de suas vidas. Neste local, é realizado um trabalho envolvendo terapia de adaptação à nova realidade.
Fátima tem um sonho: fazer funcionar a Associação de Deficientes Visuais fundada em setembro de 2008. “Meu sonho é conseguir parcerias com a Prefeitura de Nova Iguaçu e com empresas privadas para estar oferecendo cursos aqui mesmo na cidade."
Além de uma excelente profissional, ela é uma mãe dedicada e carinhosa, sempre agradecendo a Deus por tudo que lhe tem acontecido, até mesmo pela sua deficiência visual. Para ela nada acontece por acaso. “Quando alguém descreve o rosto e o sorriso de meus filhos, eu sinto vontade de voltar a enxergar, mas eu sei que ao mesmo tempo muitos caminhos foram abertos por mim”, finaliza.
Carol!Sua matéria é simplesmente incrível,adorei parabéns.Mas por que? você não falou sobre a causa da deficiência?Fiquei super curiosa.Bjs.Fernanda Bastos
ResponderExcluirNossa! muito lutadora ela! Adorei o jeito que você desenvolveu o texto, muito bom mesmoo! BeijooS
ResponderExcluirÓtima matéria, mostrou de forma bem clara a história, conseguindo passar realmente o esforço dela e esse lado que ela tem de não se deixar abater.
ResponderExcluirO bom de mostrar histórias assim, é que acaba sendo uma forma de valorização da pessoa, que muitas vezes não tem suas conquistas reconhecida.
Já conhecia essa professora, mas não sabia nem a metade das coisas expostas aqui.
Parabéns Carol!
Cara..o modo como vc desenvolveu o texto esta excelente.Vc soube expressar bem suas motivações e privações..
ResponderExcluirDo fundo do peito, achei o texto muito bom mesmo..
Nota10
Cara..o modo como vc desenvolveu o texto esta excelente.Vc soube expressar bem suas motivações e privações..
ResponderExcluirDo fundo do peito, achei o texto muito bom mesmo..
Nota10