por Camila Elen / foto Mariane Dias
O calor iguaçuano não é suficiente para tirar o sorriso do gari Romário da Rocha Araújo, 44 anos. Ele trabalha há 10 anos em meio ao caldeirão humano da Avenida Amaral Peixoto, que ele percorre de uma ponta à outra das duas da tarde às dez da noite. "Só saio daqui com a rua limpa, sem mais ninguém pra sujar", diz ele, que gosta de trabalhar ali porque o Calçadão é o cartão-postal da cidade.
Para ele, é impossível fugir ao calor de mais de 40º do verão da Baixada Fluminense. “Ainda mais quando se tem que usar um uniforme calorento como este”, diz ele, com o corpo encharcado de suor. Sua única defesa contra o tempo é o boné que ele próprio comprou, ainda que a empresa tenha lhe dado três chapéus. “Esse aqui é mais leve”, explica ele, cujo uniforme é lavado diariamente pela esposa, a dona de casa Denise Velasco, 40 anos. Romário da Rocha também se alivia com as garrafinhas de água que os camelôs da redondeza lhe franqueiam, em gratidão ao que chamam de “seu fortalecimento”. “São o meu quebra-galho.”
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Coitado maneh..Ser gari n eh fácil n, aind mais nesse calor "lazarento", soh de imaginar ficar limpando a rua todo dia pra malandro ficar sujando todo dia, jah me ocorre a indignação..
ResponderExcluirO legal ehq ele gosta de trabalhar ali porque o Calçadão é o cartão-postal da cidade.Isso mostra um pouco de "patriotismo" por essa cidade tão maltratada