Por Robson Lopes
Também denominadas como benzeiras, as rezadeiras são uma espécie em extinção mesmo em cidades como Nova Iguaçu, uma das capitais do candomblé. Apesar disso, elas continuam curando as pessoas. Que o diga a dona de casa Sandra Maria, 49 anos. “Meu irmão já foi curado de espinhela caída por uma rezadeira.”
Como sugere o nome, o principal instrumento de trabalho delas é uma reza fervorosa, seguida de banhos de ervas medicinais. A preparação também é levada a sério. “Se tiver que rezar, na noite anterior não posso ter contato com o meu marido, ou beber”, explica Sandra Quintana de 54 anos. Cada reza tem um procedimento.
O aprendizado é restrito e secreto. “Meu avô foi rezadeiro”, acrescenta Dona Quintana. Além de identificar o seu dom, o avô de Dona Quintana lhe ensinou as primeiras rezas. Mas esse dom não faz com que perca a humildade. “Eu não curo. Sou apenas um instrumento.”
Por mais poderosa que seja sua reza, ela só terá efeito se o doente compartilhar da fé de Dona Quintana. “Somente assim a moléstia pode ser retirada”, afirma ele, que se sente um elo entre Deus e os homens. “O dom é ativado com o sentimento de crença da cura.”
quinta-feira, 12 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Uma kombi que resiste ao tempo
II IGUACINE Exibido na sessão de homenagens do II Iguacine, 'Marcelo Zona Sul' continua encantando plateias 40 anos depois de sua es...
-
Quando o sonho do lucro fácil se transforma em pesadelo por Marcos Vinícius e Wanderson Santos O sonho do lucro em um trabalho aparentement...
-
"O fim dessas salas se deu por não acompanharem o desenvolvimento das grandes industrias cinematográficas, restando somente as 'por...
-
Das grandes exportações às péssimas condições de produção Por Daniel Santos Imagens: Daniel Santos e sugadas da internet Situada entre Vila...
Nenhum comentário:
Postar um comentário