por Daniel Santos e Josy Antunes
O principal motivo do crescente número de ambulantes nos trens é o desemprego. Driblando os funcionários da Supervia, os trabalhadores se arriscam a perder suas mercadorias para tentar garantir o sustento de suas famílias. Jorge Lage já passou pela experiência. “Perdi tudo. Os ratos mandaram ir buscar lá, mas não devolveram”, conta ele, usando a palavra a que sempre se refere aos fiscais, sua maior preocupação durante o trabalho. Vendendo bebidas como água, refrigerantes e cerveja, Jorge carrega todos os dias uma pesada caixa de isopor. Há quase dois anos, ele inicia suas vendas por volta das dez da manhã e aos gritos oferece seus produtos até o último trem. Trabalhando de domingo a domingo, ele só faz uma pausa para almoçar. Quando o cansaço fala mais alto, Jorge senta junto aos passageiros, aliviando o peso em seus ombros. Porém, cinco minutos depois, ele já está em pé, com os seus bordões: “Olha a água, Coca-cola, cerveja.”
segunda-feira, 16 de março de 2009
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