por Breno Marques / Fotos de Mazé Mixo
Beatriz Moreira Costa, 78 anos, nasceu na Bahia. O apelido, Mãe Beata, a acompanha desde a infância. Ganhou-o quando começou a auxiliar a avó, uma das parteiras mais conhecidas de sua terra natal. O ofício de parteira, muito comum por causa da ausência de médicos especializados na Bahia, era uma tradição da família Moreira Costa. "Quando chegava a hora de as mulheres darem à luz, elas sempre procuravam minha avó e minha tia", lembra Mãe Beata, que hoje é uma yalorixás mais respeitadas de Nova Iguaçu.
Os partos eram verdadeiras operações artesanais, realizadas com uma uma tesoura, um barbante, um óleo de amêndoa, uma garrafa de álcool e uma garrafa vazia, que a avó de Mãe Beata sempre levava em uma bolsa de palha conhecida como mocó. "Todas essas coisas tinham sua importância na hora do parto", conta Mãe Beata.
O parto era acompanhado de uma série de rituais. Um deles era a volta que o marido que a parturiente dava em volta da casa. Já as parteiras só entravam na casa da grávida com a cabeça coberta por um chapéu de palha. "Se estivéssemos sentindo alguma dor, nós não podíamos ficar ao lado parideira", lembra Mãe Beata. "Podia passar para a grávida."
eu pensei q parteiras era lendas já
ResponderExcluirrss
adorei a materia.. pq trouxe a tona costumes e crenças antigas.
mto legal saber disso;
Muito bom saber desses costumes que hoje em dia foram extintos.
ResponderExcluirApesar de toda tecnologia que temos agora, ás vezes eu ouço falar que as pessoas de antigamente tinham mais saúde, por seguirem práticas como essa.
Gostei da matéria e das fotos, em especial a terceira.