
Texto Alcyr Cavalcanti,
fotos Alcyr Cavalcanti e Breno Marques.
“Na natureza nada se perde, tudo se transforma”. É uma lei da física, criada por Lavoisier. Em Nova Iguaçu, seguindo a lei da natureza, um grupo de homens e mulheres vivem literalmente dos restos, daquilo que sobra de uma sociedade que muito consome.
A crise do capital, que tira o sono de muitos economistas e principalmente daqueles que vivem da especulação, do sobe e desce das bolsas, não tira o sono daqueles que vivem remexendo o lixo, catando tudo que veem pela frente. Eles acreditam que os bons tempos e os bons preços do lixo voltarão.
Sapatos de
festa abandonados, bicicletas que fizeram a alegria de muitas crianças, relógios de força de um modelo superado, chapas de Raio-X, revistas de celebridades (e de fofocas), balanças, formas de parachoques, peças metálicas, garrafas de refrigerantes, ventiladores, e principalmente caixas de papelão, o material preferido dos catadores.A concorrência é grande, mas entre eles ainda existe o velho espírito da comunidade solidária dividindo os centavos, o chão e um pouco de pão.
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