sexta-feira, 20 de março de 2009

Dependência da sorte

por Breno Marques / foto Larissa Leotério

Eloísa Santiago, 32 anos, mora em Heliópolis. Faz três anos que ganha a vida como catadora de materiais recicláveis, em Nova Iguaçu. É com o dinheiro obtido com as vendas no lixão que ela sustenta a casa. “Às vezes vendo bem, e às vezes vendo mal, mas sempre sou eu que sustento a casa.”
A catadora é um exemplo de luta. “Venho de Heliópolis todos os dias em direção a Nova Iguaçu”, conta. “Cato tudo o que vejo pela frente.” Há uma razão para que não desperdice nada ao longo dessa caminhada de no mínimo 15 quilômetros. Quando não tenho um centavo, volto a pé.”

Eloísa conta que a crise mundial atingiu em cheio os catadores de material reciclável. “As coisas não estão valendo tanto como antes”, lamenta. Desde então ela se sente bafejada pela sorte quando chega em casa com comida e, mais ainda, consegue pagar um prato feito ao longo do dia. “Minha vida tá muito complicada”, afirma. “Guardo todo trocadinho que consigo.”

2 comentários:

  1. Não sabia que até os preços dos materiais reciclaveis tinham caido com a crise. Além de todo trabalho, eles tem que passar por isso? :s

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  2. Não sabia que até os preços dos materiais reciclaveis tinham caido com a crise. Além de todo trabalho, eles tem que passar por isso? :s [2]

    Alguem sabe oq qer dizer bafejar??
    To com preguiça de ir ateh o dicionário...

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