terça-feira, 9 de junho de 2009

Scratches na Cerâmica



CERÂMICA

Curso de DJ da Escola Livre de Música Eletrônica atrai jovens de todo o Rio de Janeiro
por Flávia Sá


A Escola Livre de Música Eletrônica funciona há dois anos na rua Geni Saraiva, na Cerâmica. No ano passado, ao procurarem parceria com os Enraizados, uma entidade social de Comendador Soares que atua usando o hip hop como linguagem, surgiu a oportunidade de criar uma oficina de Dj. "Essa era a chance que a gente tinha de fazer uma parceria com uma ong que tem uma grande facilidade de se comunicar com o público jovem da cidade", afirma Anderson Barnabé, um dos mais antigos participantes do Reperiferia, a ong responsável pela introdução das escolas livres de artes em Nova Iguaçu. Não desperdiçaram.

A parceria terminou transformando a oficina de DJ em uma introdução ao hip hop, com discussões sobre os quatro elementos do movimento: break, grafite, rap e, enfim, os scratches na pickup. Embora atualmente as aulas de DJ sejam ministradas por Soneca, num primeiro momento as oficinas foram coordenadas por Luiz Carlos Dumont. Dumont está para o Enraizados como Barnabé está para o Reperiferia.

As aulas de DJ têm como objetivo facilitar a vida do aluno que realmente quer seguir a carreira musical, mostrando todas as etapas do processo de criação. “Esse é o objetivo do nosso trabalho”, diz Anderson Barnabé, coordenador da Escola Livre de Música Eletrônica.

O curso de DJ sofreu um grande baque quando ladrões entraram pelo telhado da Escola Livre de Música Eletrônica e levaram várias máquinas. Mas a escola não parou nem mesmo quando tinha à disposição um único computador. "Foi uma época muito dura para todos nós", lamenta o coordenador da escola.

Mas hoje, com parte do problema resolvido, eles trabalham com três computadores, atendem aproximadamente vinte e cinco crianças e já não têm tantas preocupação até porque foram espalhados alarmes e equipamentos de segurança capazes de monitorar todo o espaço.

Para a galera jovem tomar conhecimento desses trabalhos, os responsáveis da escola recorrem à poderosa mala direta da ong Reperiferia, que administra a Escola Livre de Cinema há três anos, e o site da Prefeitura de Nova Iguaçu. "Mas o fato de a gente estar na mídia facilita nosso trabalho", admite o coordenador da escola, que somente no ano de 2009 deu entrevistas para os jornais O Dia e O Globo e as TVs Globo e Brasil.

Momentos de tensão
No dia da prova dos alunos da Escola, momento de tensão na vida desses alunos, a equipe de jornalismo da Globo permaneceu lá de oito da manha até o meio-dia cobrindo todos os acontecimentos, passo a passo, para o RJ TV. Para a prova, cerca de 160 pessoas se inscreveram, tendo gente de tudo quanto é lugar do Rio de Janeiro. "Chegaram inscrições de Copacabana, Méier, Botafogo, Maria da Graça", lembra Barnabé.

Para o pessoal da Escola Livre de Música Eletrônica é um prazer ministrar essas aulas porque eles veem o esforço dos alunos. Para se ter uma ideia do sucesso das aulas, eles têm um aluno de Mangaratiba que sai de casa às 5 horas da manhã para estar na Cerâmica ao meio-dia. "Isso prova o amor que ele tem pela música", afirma Barnabé.

O que Anderson Barnabé tira de positivo das aulas é o sentimento de que a galera tem muita garra e muita disposição para aprender tudo o que eles estão ensinando. Vale a pena passar pela peneira que tirou 30 alunos de 160 inscritos.

Interatividade:
Qual foi o lugar mais longe que você foi para fazer um curso de que gosta?

Um comentário:

  1. Uma pergunta?
    Por que leva o nome de escola da música eletrônica, se a base é toda no Hip hop entre outros!
    Estou enganado?
    Por um acasou tem alguem ensinando a verdadeira história da música eletrônica?
    A/C Halley Seidel RJ
    www.myspace.com/djhalleyseidel

    ResponderExcluir

Uma kombi que resiste ao tempo

II IGUACINE Exibido na sessão de homenagens do II Iguacine, 'Marcelo Zona Sul' continua encantando plateias 40 anos depois de sua es...