CERÂMICA
Mediadora cultural da Estanislau garante que quem trabalha no Bairro-Escola consegue emprego em qualquer lugar
por Tatiana Sant'Anna
Força de vontade não falta para a oficineira Diana Souza, de 23 anos, que acredita que o ano de 2009 está sendo das crianças. Trabalhando na Escola Municipal Estanislau Ribeiro do Amaral, na Cerâmica, a jovem, que já é mãe, divide o seu tempo com as crianças do Bairro-Escola, com o filho e faculdade. Atividade nada fácil.
A mediadora sempre estudou em escola particular e sua integração ao Bairro-Escola não foi nada fácil. A jovem, que está no projeto desde Junho de 2008, pediu transferência para o Estanislau, que é perto de sua casa. Ela confessa que levou o maior susto no primeiro contato com a escola pública: “As crianças da escola pública são muito diferentes das da escola particular. Foi uma surpresa, deu vontade de sair correndo”. Mas essa vontade de fugir durou pouco.
Entre uma brincadeira e outra com as crianças, Diana conta que está sendo uma ótima experiência trabalhar no Bairro-Escola: “Quem trabalhar aqui, arranja emprego em qualquer lugar. É de grande valia”, afirma. Cursando pedagogia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ela escolheu a área por acaso. “Queria fazer história, mas só tinha pedagogia. Nesse meio tempo, fui me apaixonando pelo universo da escola, hoje acho tudo maravilhoso.” Com a teoria e a prática nas mãos, Daniela conta que agora vê o universo escolar de uma maneira mais ampla, mas humana: “A prática é bastante diferente, é necessário estar preparado para isso.”
Andando pelos corredores até a quadra da escola, Diana diz que o funcionamento do projeto na escola vai bem. A quadra não é coberta, porém isso não impede a realização das atividades. Queimada, peteca, amarelinha e ciranda são algumas das brincadeiras que fazem o sucesso não só com a garotada, mas com os professores também: “Eu acabo brincando, porque quando a criança vê que o professor está participando, ela acaba brincando também”, revela aos risos. Além da quadra, a escola dispõe de um grande espaço, facilitando assim, a integração de mais alunos.
A aluna Talita de Mello, de 9 anos, que está cursando a 3° série, diz que a mediadora é exemplar: “Ela é carinhosa, tenho aprendido muito. Ela nos ensina a ser educada com as pessoas... Estou aprendendo muito”, conta a aluna.
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