Merendeiras do Bairro-Escola têm consciência de sua importância para o projeto
por Robson Lopes
Entre uma oficina e outra, nada melhor do que uma bela parada para comer. E as refeições do Bairro-escola são tão generosas quanto o projeto que está mudando a cara da educação em Nova Iguaçu. São nada menos do que cinco pratos da hora em que as crianças entram na escola até a hora que saem, por volta das quatro da tarde. “Muitas delas só comem aqui”, revela a auxilar de cozinha Josimari Rabelo, que trabalha há dois meses na Escola Municipal Ornélia Lipp Assumpção.
O cardápio da semana passada variou de carne moída com polenta a carne ensopada com repolho, vagem e purê de batata, sempre acompanhados do tradicional feijão com arroz. Quem comanda a cozinha da escola do Rancho Novo é Cátia Cristina, de 40 anos, que tem plena consciência de que, além de proporcionar educação, cultura e esporte para a criançada, o Bairro-Escola é uma alternativa de sobrevivência para as famílias iguaçuanas. “Sem o Bairro-Escola aqui, a maioria passaria fome”, afirma.
Uma conversa com o menino Jonas, de sete anos, confirma o dramático diagnóstico da chefe de cozinha da escola. “Se pudesse, ficava na escola de segunda a domingo só pra poder comer”, conta ele. Deleitando-se com o risoto oferecido no almoço da quinta-feira da semana passada, sua amiga Paulinha tem a mesma opinião. “Um arroz e um feijão já me deixam muito feliz!”, afirma.
A coordenadora político pedagógica da Ornélia Lipp de Assumpção, a professora Miriam Camila, sabe que eventuais falhas no fornecimento de refeições causam um grande transtorno no cotidiano do horário integral. “O projeto tira as crianças da rua, mas só conseguimos mantê-las aqui se podemos alimentá-las”, afirma a CPP. Para ela, as cozinheiras têm a mesma importância que as professoras e as mediadoras das oficinas do contra-turno.
A auxiliar de cozinha Josimari Rabelo, que já foi mãe educadora e tem uma filha de oito anos na Ornélia Lipp Assumpção, se sente realizada quando vê uma criança feliz no refeitório da escola. “Eu me sinto até agradecida, porque é muito bom ver uma criança feliz”, comemora a auxiliar. “Trabalhar com crianças é muito bom, aqui damos para elas o que precisam para serem pessoas melhores.”
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quinta-feira, 4 de junho de 2009
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