Escola Livre de Música Eletrônica ensina todos os ritmos para crianças do Bairro-Escola
por Raphael Teixeira
A proposta principal é fazer com que o mundo de cada uma das crianças atendidas pelo projeto torne mais próxima das artes e, consequentemente, mais lúdico. É dessa maneira que a Escola Livre de Música Eletrônica (ELME), uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu e a ong Reperiferia, pretende levar mais cidadania aos jovens da Cerâmica, onde funciona sua sede.
Anderson Barnabé, um dos idealizadores do projeto, conta que a ideia surgiu há cerca de cinco anos em uma conversa com o amigo Marcos Vinícius Faustini, que se tornou Secretário de Cultura e Turismo depois do sucesso da Escola Livre de Cinema de Miguel Couto. O projeto só se tornou realidade há cerca de um ano e meio e já cerca de 100 crianças em quatro turmas.
A ELME funciona numa espécie de galpão bastante acolhedor, com amplo espaço recreativo, pufes espalhados pelo chão, salas com ar-condicionado, computadores equipados com mesas para efeitos sonoros e caixas de amplificação adequadas. O curso de áudio vem sendo ministrado com muito amor pelos seus colaboradores, escolhidos de um modo nada convencional. “O primeiro passo é o candidato se identificar com o trabalho e a metodologia aplicada”, explica Barnabé. “Só depois é que vemos se ele entende do assunto.”
Um dos professores escolhidos por Barnabé foi Alex Namim, que está na ELME há pelo menos um ano e sempre que inicia a aula pergunta às crianças qual o ritmo musical elas desejam trabalhar no dia. “É com esse clima que gostamos de trabalhar”, afirma Barnabé, lembrando em seguida que essa liberdade é compatível com a natureza de um projeto livre a começar pelo nome.
Todos os ritmos
Essa liberdade também se reflete no gosto musical cultuado dentro da escola, que, apesar do nome, aceita todas as tribos: do samba ao rock, passando pelo jazz e, é claro, pelo funk. “Trabalhando todos esses ritmos é mais fácil alcançar o ambiente que elas estão acostumadas, seja ele qual for”, acredita Alex Namim.
Os alunos gostam dessa liberdade e por isso são os principais divulgadores do projeto. “Como todo mundo ficava comentando lá perto de casa, resolvi entrar também”, diz Hillary da Silva, uma menina de 13 anos que acredita poder se tornar cantora com os ensinamentos obtidos na ELME.
Anderson dos Santos, 13 anos, cursa o oitavo ano e mora em Jardim Iguaçu. Duas vezes por semana vai até a Cerâmica. “Eu não falto nenhuma aula, toda terça e quinta estou aqui às duas horas em ponto.”
Para obter maiores informações sobre a ELME, visite o blog da escola no seguinte endereço:
escolalivredemusicaeletronica.blogspot.com
Interatividade:
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