MIGUEL COUTO
Projeto Mães Educadoras muda a vida da família de Dona Alzira
por Dariana Nogueira
Mãe de três filhos, Alzira Vieira conheceu o projeto Mães Educadoras através da escola de seu filho. Ela se inscreveu no programa tão logo soube da sua existência. “Sempre marquei presença nas atividades escolares, auxiliando em pequenas coisas”, lembra ela
Ela não se arrepende de ter mergulhado na cabeça na escola do filho, ainda que tenha dificuldade para conciliar os horários de casa com o do projeto. “Aprendi muito com este projeto”, garante dona Alzira.
As primeiras mudanças se deram no próprio processo de maternidade, pois a convivência com os filhos dos outros ajudou-a a enxergar muitas coisas no modo como se relacionava em casa com seus filhos. “Aprendi a compreender melhor as crianças”, confessa. Muita coisa que eu não conseguia enxergar em casa me relacionando somente com os meus filhos, passei a considerar na convivência com os filhos dos outros.”
O que realmente chama atenção nesta personagem é a sua maneira de se relacionar com as crianças. Ser um exemplo para elas, na concepção de Alzira, é sua melhor forma de contribuição para a formação desses alunos e de seus filhos. Como não poderia deixar de ser, aprendeu isso com a própria vida, quando foi reclamar o desempenho escolar do filho. “Ele me disse que não se sentia obrigado em levar os estudos a sério porque eu só tinha feito até a sétima série”, lembra ela, que abandonara os estudos com o ensino fundamental incompleto.
Dona Alzira resolveu responder o filho com o próprio exemplo, voltando para a escola. “Hoje estou no 3º ano do ensino médio e ainda faço alguns cursos complementares,
como informática, por exemplo”, orgulha-se a mãe educadora. “Ele fica doido! Um dia desses ainda falei pra ele: ‘abre seu olho que daqui a pouco eu ingresso na
faculdade e você vai ter que me acompanhar!’”
Pessoas como Alzira são peças fundamentais para que o programa de
mães educadoras continue sendo um sucesso. Essas mães atuam nas escolas a partir das experiências trazidas de casa, possibilitando inúmeras transformações no dia-a-dia das crianças. Mas ela tem plena consciência de essas transformações têm mão dupla. “Antes de entrar para o projeto, eu era apenas uma dona de casa e hoje eu consigo usar aquilo que sei fazer de melhor, não apenas em benefício da minha própria família”, comemora.
Seu filho Gustavo também se sente contemplado com as mudanças ocorridas na vida da mãe. “Meu filho vive dizendo para os amiguinhos todo orgulhoso: ‘minha mãe trabalha na escola, ela é professora!’ Isso é uma alegria muito grande.”
Interatividade:
Conta um feito de sua mãe que o deixou orgulhoso.
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