quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ideais

O sol nasce para quem quer
por Carolina Alcantara e Evio Nobre

Quando se fala de superação no mundo da juventude, podemos dividi-la em dois grupos: os jovens que têm uma boa condição financeira e que souberam aproveitar as oportunidades estão no primeiro grupo. O outro é formado pelos jovens que não tiveram oportunidade, mas conseguiram alcançar seus ideais.

Valorização
Há jovens que vêm de famílias com boa situação financeira e que não precisam trabalhar, pois recebem mesada dos pais. Bruno Lavra, um morador de Nova Iguaçu de 23 anos, soube dar valor a tudo que os pais fizeram por ele. Eles pagaram o ensino médio e a faculdade de fisioterapia. “Nunca passei por dificuldade financeira”, explica ele, que fez tanto o ensino médio quanto a faculdade em instituições particulares. “Escolhi o curso de fisioterapia com o objetivo de cuidar de meu pai que teve Acidente Vascular Cerebral (A.V.C).” Além de ser o fisioterapeuta do pai, ele faz dinheiro que a profissão que abraçou. “A fisioterapia trouxe tanto satisfação pessoal quanto profissional para mim.”

Depois de se formar em fisioterapia, Bruno começou a estudar administração, dessa vez às próprias custas. “Pretendo constituir uma família e passar a mesma educação que recebi para os meus filhos, pois tudo que sou hoje é graças a Deus e aos meus pais”, afirma, satisfeito, o universitário.

Superação
Há também os que nasceram em família humilde e tiveram de trabalhar desde criança para ajudar os pais. Aparentemente, sem condições de vencer na vida. Apesar das dificuldades e da falta de incentivo, nunca perderam a esperança e conseguiram vencer as barreiras.

O funcionário público Carlos Alberto de Alcântara é um exemplo de superação. Começou a trabalhar aos sete anos de idade, catando latas com os vizinhos, não por uma questão de sobrevivência, mas porque o seu pai pensava que o homem tem de começar a trabalhar desde cedo. Aos 12 anos, Carlos foi trabalhar como camelô, vendendo doces no trem para ajudar sua família. Aos 15 anos, começou a trabalhar numa loja de doces, e quando completou 17 anos voltou a estudar na antiga sétima série, que largara anteriormente.

Aos 20 anos, seu pai enfartou e Carlos voltou a trabalhar como camelô. Depois abriu uma loja de doces que, por causa de uma obra da prefeituram, funcionou apenas seis meses. Após oito meses desempregado, trabalhou como servente de obra. Nesse período, abriu inscrição para o Concurso Público da Policia Militar. A mãe pagou a inscrição e comprou a apostila. Carlos estudou em casa, fez a prova e foi classificado dentro do número de vagas.

Depois de dois anos, surgiu a oportunidade de ele ingressar na Faculdade de Direito, fez o vestibular e passou. Seis anos depois, Carlos, além de ter se tornado bacharel em direito, havia sido promovido de soldado para cabo e está prestes a se tornar sargento.

“Vencer na vida não é fácil. É necessário pedir a Deus com fé, confiar, ter força de vontade, acreditar em si mesmo e nunca desistir dos sonhos para não se tornar uma pessoa frustrada”, afirma.

Todas as pessoas que venceram na vida, tendo ou não dinheiro, tiveram de abdicar de muitas coisas. Na verdade, muitos desses vitoriosos privaram-se de festas e passeios em prol dos estudos. Percebe-se, portanto, que é difícil vencer, principalmente para quem não nasceu em berço de ouro. Entretanto, as palavras de Carlos são encorajadoras para quem quer chegar lá.

4 comentários:

  1. Não, eu não apaguei o seu comentário, apenas não publiquei por causa do seu internetês!
    Lembre-se, que tenho visitantes que são pessoas comuns, que gostam do português correto (eu por exemplo) mas não sou contra o internetês moderado como por exemplo :-)
    De resto, é falta de respeito ao leitor, e você por ser "jornalista" já devia saber bem disso, a não ser que seja baiano para ter preguiça de escrever certo :-)
    Você tem bom conteúdo do Oficina, e para que eu possa publicar, o português correto, sem exageros tanto para a imagem do Blog quanto para os leitores.
    Ah, e sobre a parceria, achei que tinha dito isto, é que o tempo está corrido para mim, e acho que vi coisas.
    Valeu, abraços. Confira a cobertura do show do P.O.D que fiz ;-)

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  2. Aguardo sua retificação para poder publicar, ok ;-)

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  3. Meu nome é Bruno Lavra, fui um dos entrevistados e gostaria de dar os parabéns a esta equipe de jovens repórteres, que mesmo com pouco tempo de carreira, se mostraram solícitos e éticos. Desejo-lhes muita sorte e sucesso. A matéria ficou muito boa.

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  4. O sol nasce para quem quer? Gostei muito da matéria apresentada por Carolina e Evio. Nem sempre, porem, sou dessa opinião. Quando acreditamos que o esforço individual é o responsável pelo sucesso ou pelo fracasso esquecemos inúmeros outros componentes... Lembremos que se o Estado suprisse todas as demandas socias que deveria, o sucesso seria muito mais fácil e uma realidade na vida de todos! Parabéns

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