Por Nany Rabello
A noite do dia 30 de Outubro de 2008 foi uma grande surpresa. Uma mulher, ou melhor, um mito, participou da cerimônia de lançamento do livro de Julio Ludemir. Heloísa Buarque de Hollanda superou nossas expectativas quando concordou em ser entrevistada e expressar sua opinião sobre a palavra.
Quando a “entrevista” começou, todos os jovens repórteres abordavam, formalmente, alguns temas importantes. Descobriam então que aquela mulher, além de uma grande inteligência e capacidade, era dotada de uma grande fé na palavra e na sua capacidade de mudar as situações. Heloísa acredita que as coisas podem ser mudadas, e que a palavra é o melhor meio de se fazer isso.
Além de ser professora da UFRJ e de ter participado ativamente da luta contra a censura nos chamados anos de chumbo da ditadura militar, ela possui um projeto que está sendo analisado pela Petrobrás. Se aprovado, esse projeto será implantado em Nova Iguaçu. “Pelo time de profissionais maravilhosos que há aqui”, explicou.
Ela se emocionou ao falar do vazio cultural causado pela censura causou, na época da ditadura, e do medo que sentia, já que era professora na época. Ainda emocionada, porém feliz, comenta de sua paixão pela poesia marginal, que define como a poesia em nome da alegria, criada pela periferia, que mistura o rock, o grafite e é levada à rua, numa época em que a literatura era inacessível.
Sua certeza de que a periferia está falando é impressionante. Segundo Heloísa, tudo começou com o hip hop e o grafite, e terminou com a literatura, graças à necessidade que há de descobrir a palavra. Ainda afirma que não existirão mais autores únicos, e sim vários pequenos autores, o que será melhor para a literatura. Heloísa também defende que apenas no Brasil e em algumas partes da África a periferia tem acesso à literatura.
A “entrevista” que nunca foi uma entrevista verdadeira, graças à liberdade e intimidade que aquela mulher emanava, acabou se transformando em um pequeno debate sobre o que pode mudar e o que se pode fazer para que isso aconteça. Alias, nem mesmo um debate, apenas um papo entre amigos, que poderá fazer total diferença no futuro dessa cidade.
Aquele “mito” chamado Heloísa não era um mito. Nunca foi. Mitos são intocáveis e não compartilham tão amigavelmente de suas opiniões, crenças e projetos com jovens, por mais que estes estejam interessados em ouvi-las. O mito virou mulher, e a mulher passou a ser ídolo.
Certamente ninguém que esteve presente naquela noite irá esquecer a amizade de Heloísa Buarque de Hollanda, como também ninguém que conhece a literatura deste país, ou a história da poesia marginal de São Paulo poderá esquecer a participação competente dela na história. Uma inesquecível noite de mitos, aprendizados e, claro, palavras.
A noite do dia 30 de Outubro de 2008 foi uma grande surpresa. Uma mulher, ou melhor, um mito, participou da cerimônia de lançamento do livro de Julio Ludemir. Heloísa Buarque de Hollanda superou nossas expectativas quando concordou em ser entrevistada e expressar sua opinião sobre a palavra.
Quando a “entrevista” começou, todos os jovens repórteres abordavam, formalmente, alguns temas importantes. Descobriam então que aquela mulher, além de uma grande inteligência e capacidade, era dotada de uma grande fé na palavra e na sua capacidade de mudar as situações. Heloísa acredita que as coisas podem ser mudadas, e que a palavra é o melhor meio de se fazer isso.
Além de ser professora da UFRJ e de ter participado ativamente da luta contra a censura nos chamados anos de chumbo da ditadura militar, ela possui um projeto que está sendo analisado pela Petrobrás. Se aprovado, esse projeto será implantado em Nova Iguaçu. “Pelo time de profissionais maravilhosos que há aqui”, explicou.
Ela se emocionou ao falar do vazio cultural causado pela censura causou, na época da ditadura, e do medo que sentia, já que era professora na época. Ainda emocionada, porém feliz, comenta de sua paixão pela poesia marginal, que define como a poesia em nome da alegria, criada pela periferia, que mistura o rock, o grafite e é levada à rua, numa época em que a literatura era inacessível.
Sua certeza de que a periferia está falando é impressionante. Segundo Heloísa, tudo começou com o hip hop e o grafite, e terminou com a literatura, graças à necessidade que há de descobrir a palavra. Ainda afirma que não existirão mais autores únicos, e sim vários pequenos autores, o que será melhor para a literatura. Heloísa também defende que apenas no Brasil e em algumas partes da África a periferia tem acesso à literatura.
A “entrevista” que nunca foi uma entrevista verdadeira, graças à liberdade e intimidade que aquela mulher emanava, acabou se transformando em um pequeno debate sobre o que pode mudar e o que se pode fazer para que isso aconteça. Alias, nem mesmo um debate, apenas um papo entre amigos, que poderá fazer total diferença no futuro dessa cidade.
Aquele “mito” chamado Heloísa não era um mito. Nunca foi. Mitos são intocáveis e não compartilham tão amigavelmente de suas opiniões, crenças e projetos com jovens, por mais que estes estejam interessados em ouvi-las. O mito virou mulher, e a mulher passou a ser ídolo.
Certamente ninguém que esteve presente naquela noite irá esquecer a amizade de Heloísa Buarque de Hollanda, como também ninguém que conhece a literatura deste país, ou a história da poesia marginal de São Paulo poderá esquecer a participação competente dela na história. Uma inesquecível noite de mitos, aprendizados e, claro, palavras.
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