por Giuseppe Stéfano e Jéssica Oliveira
Muitas vezes, na tentativa de melhorar o relacionamento de um grupo, acaba havendo mais desentendimento. Construir regras é como dar um presente sabendo que vai ganhar um igual. É recíproco. Mas será que é realmente necessário estabelecê-las quando se pode ser usado o bom-senso de cada um? Atender ao telefone, saídas em meio à uma reunião e conversas paralelas merecem ser debatidas, ou apenas pôr em prática a ética e a educação já bastam? Quando se atende o telefone ou se sai de uma reunião sem muita necessidade, fica claro que a pessoa que o faz não dá prioridade ao compromisso assumido mas a qualquer outra atividade. Quando há conversas que fogem do assunto em questão, é porque, além de a pessoa não estar interessada, ela não respeita a concentração do resto do grupo.
São atitudes de pessoas que não conseguem enxergar o óbvio: quando saímos de uma reunião ou atendemos a uma chamada sem um bom motivo, não só desviamos a atenção do grupo, mas prejudicamos a nós mesmos, perdendo decisões que deveríamos tomar juntos.
Não é necessário constrangedores pedidos de silêncio ou de retirada, se todos nós dermos a devida atenção ao que acontece, sendo o mais objetivos possíveis, contribuindo para a ordem, harmonia e rapidez.
Porém, como julgarmos uma pessoa que atende ao telefone, se não conhecemos a importância de cada ligação? Como podemos dizer que durante uma reunião ninguém pode ir ao banheiro se não conhecemos a necessidade de cada um? Não podemos impor tais regras. Não conhecemos a verdade de cada um e não podemos ser interrompidos com cada justificativa. Daí, esperamos que cada um use sua sensibilidade e não atrapalhe ninguém com seus problemas pessoais.
Se uma pessoa não abre mão de falar ao celular a qualquer hora por qualquer motivo, é uma decisão dela; mas que tome o prejuízo apenas como próprio e de mais ninguém.
Não há necessidade de debater esse tipo de assunto com pessoas que já têm seu ponto de vista e o praticam independente do que é combinado. Isso vem da criação, educação e cultura de cada um.
Não há nada mais que mereça distaque nos nossos debates que não seja responsabilidade com horários e matérias. O resto, cada um, usando seu bom-senso, faz da forma que quiser.
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