por Viviane Menezes Nelson Júnior acorda às 6 horas da manhã, toma café, dá um beijo em Lourdes, sua esposa, pega a bicicleta e vai para o Jornal de Hoje, onde trabalha como motorista. Chegando à empresa, bate o ponto, vai à garagem, retira o carro e vai fazer as primeiras entregas do dia. Quando volta, lá pelas 8h40, vai apanhar dois repórteres e um fotógrafo.
De repente, liga alguém para o jornal falando que caiu um disco voador em sua chácara. Nelson sai em disparada levando o repórter e o fotógrafo para checar a notícia. No local, o repórter pergunta: - Cadê o disco? Cadê o disco? E o caseiro diz que o disco "saiu voado" e que ele conseguiu apenas uma fotografia.
E eles voltam apenas com a foto duvidosa.
O homem do suposto objeto não identificado não se contenta e torna a ligar para o jornal. Só que dessa vez liga para o JORNAL DE HOJE, JORNAL EXTRA, JORNAL O DIA, JORNAL MEIA-HORA, JORNAL DA BAIXADA, etc.
A correria atrás dos discos voadores que estão sempre pousando na Baixada terminam impedindo-o de se alimentar direito. Quando chega ao restaurante, não resta nem um disco voador (ovo frito) para ele.
Frustrado, só lhe resta retornar ao trabalho com fome, passando o resto do dia de cafezinho em cafezinho.
E quando pensa que o dia acabou, alguém grita que tem outra matéria para cobrir.
É assim o dia de trabalho do motorista Nelson, que completou 14 anos nessa azáfama.
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