por Luíza Guimarães

Alex Horácio Cavalcante, de 11 anos, mais conhecido como Juca, é um dos alunos do colégio que brincam de caçar rãs. Ele e seus amigos criam armadilhas com redes e latas de alumínio para conseguir pegar as rãs. “Depois que chove, eu e meus amigos sempre vamos para o terreno aqui na frente de casa para caçar as rãs”, diz Juca.
Os meninos de Jardim Pernambuco têm um grande mestre. É o cabeleireiro Celso de Araújo, 44 anos, que passou a infância caçando rãs e pescando muçuns nos brejos do bairro. “Durante a “temporada de rãs”, que vai de agosto a dezembro, sempre que chovia e tinha trovoadas eu acordava bem cedo no dia seguinte”, lembra o cabeleireiro, que já chegou a pegar 200 rãs em apenas um dia.
Às vezes, Araújo levava uma atiradeira para o brejo, mas normalmente pegava suas rãs com as próprias mãos. “Depois eu amarrava com um barbante e vendia”, conta ele, que sempre tinha o cuidado de não pegar as fêmeas. Essas rãs eram vendidas no Centro do Rio de Janeiro, onde chegava com as presas acondicionadas dentro de uma mochila.

O mestre de Jardim Pernambuco tem uma receita especial para rã. “Corto a cabeça, tiro a pele, lavo e frito no óleo com alho, cebola e um pouco de pimenta do reino”, enumera Araújo, que também gosta de comê-las à milanesa ou desfiadas na farofa.
Interatividade:
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Confesso que teria nojo em caçar rãs. Mas percebi que, para as crianças, foi diversão garantida.
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