por Mayara Freire
O novo projeto da Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, mais conhecido como Ponto-a-Ponto, trouxe na última semana duas baianas da cidade de Lençois, na Chapada Diamantina, para compartilhar experiências com o Bairro-Escola de Nova Iguaçu. Os representantes destas duas regiões foram selecionados entre diversos projetos culturais brasileiros com o objetivo de trocar informações sobre ações sociais. O projeto estimula a convivência direta de participantes de cada lugar para ampliar o conhecimento mútuo e fortalecer a rede dos pontos de cultura no país.
As jovens baianas Eniele da Silva, de 23 anos, e Roseane Bernardo, de 22, trabalham no projeto Grãos de Luz e Griô em Lençois, que educa 130 crianças e adolescentes em oficinas de identidade, arte, artesanato e economia solidária, tendo como foco principal a tradição oral e cidadania em escolas municipais. “O que pretendo aqui é compartilhar experiências e aprender com o que esses projetos de Nova Iguaçu têm a nos ensinar”, conta Eniele.
Durante o período de visitas a escolas, Roseane Bernardo, que atua no Grãos há 15 anos, viu semelhanças na relação entre a educação e a cultura entre os dois projetos, mas descobriu modelos aplicados
Situado em Lençois, a
Os representantes são tutelados por um padrinho ou uma madrinha e começam a vivenciar, duas vezes por semana, os projetos pedagógicos das oficinas de canto, teatro, pintura, costura, desenho e reciclagem, entre outras. Como está acontecendo no Bairro-Escola, que busca resgatar atividades esquecidas como as brincadeiras populares, os jovens de Lençois são incentivados a registrar sua história de vida, bem como a de sua família e de sua comunidade. Além disso, participam de vivências entre pesquisas sobre mitos, herois, símbolos, cantigas, danças, artes e histórias da cultura local. A tradição oral é resgatada no projeto como fonte principal de ensino. Esse tipo de modelo foi inspirado na cultura dos griôs, termo referente aos líderes de grupos culturais que transmite a sabedoria por meio da fala, como contadores de histórias, músicos e noticiadores provenientes do noroeste da África.
Dois jovens de Nova Iguaçu ainda irão a Lençois, para viver a mesma experiência. O prazo do intercâmbio é de no mínimo cinco dias e cada ponto de cultura tem direito de enviar dois bolsistas. A inscrição é realizada quando os proponentes inscrevem uma experiência de ação cultural realizada em sua comunidade de atuação e indicam os candidatos às bolsas, mais dois para o banco de reserva. O programa Ponto-a-Ponto, que funciona desde o ano passado, também tem a intenção de envolver as áreas de teatro, música, circo, artes plásticas, turismo sustentável, educação ambiental, vídeo e economia popular, entre outras. E além de Rio de Janeiro e Bahia, participam outros 40 representantes de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará, Paraíba, Amazonas e Roraima.
Interatividade:
Que aspectos culturais de Nova Iguaçu deviam ser divulgados para os representantes dos pontos de cultura que estão nos visitando?
Eu acho super valido esse "intercâmbio", porque, como foi dito, ele é bem informativo, sendo assim fortalece mais ainda o Bairro-Escola. Conehcimento é sempre bem vindo.
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