quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um freio na indiferença

Guarda de trânsito de Miguel Couto se sente responsável pelo futuro do seu bairro
por Carine Caitano e Robert Tavares

Clayton Malheiro do Amaral, de 31 anos, é guarda municipal há dois anos. Metade desse período trabalha auxiliando no transporte das crianças da Escola Municipal Ayrton Senna, em Miguel Couto, até os locais em que são realizadas as oficinas do Horário Integral.

Morador do bairro, ele participa do Bairro-Escola como cidadão e como membro da Guarda Municipal. "Eu me sinto orgulhoso de trabalhar aqui”, afirma ela, que está sempre aprendendo coisas novas com as crianças.

Clayton do Amaral dá o melhor de si no seu trabalho, mas se sente plenamente recompensado com o atual trabalho mesmo quando compara a rendimento atual com a dos tempos de vendedor, atividade que exercia antes de prestar concurso para a Guarda Municipal. Uma das razões para isso está no estudante Wallace Guimarães da Costa, de 7 anos, que está no segundo ano do ensino fundamental. “Quando crescer, ele vai entrar na Guarda Municipal”, orgulha-se.

Para ele, a palavra-chave para se entender o Bairro-Escola é integração. Clayton do Amaral a enxerga com mais clareza nas mães educadoras, que têm a oportunidade de acompanhar o crescimento dos seus filhos enquanto reforça o orçamento familiar com a bolsa de voluntárias. “Podemos ter cidadãos melhores se trocarmos a ociosidade da rua por atividades educacionais.”

Seu interesse pela infância e pela educação é nítido até em uma pequena conversa. Ele acredita que cada um tem uma contribuição: “Tudo vem da educação. O lugar onde você convive influencia muito”.

O sinal bate e Clayton se despede. Antes de sair, manda o recado: “E pensar que eu não gostei quando fui transferido”, lembra ele. “No trânsito, é só estresse: motorista, ônibus. Aqui, é construir o futuro.”


Interatividade:
Você se sente responsável pelo futuro das crianças ou acha que cabe apenas ao governo se preocupar com a educação?


Um comentário:

  1. nós podemos ajudar, sim, mas o governo tem uma parcela de culpa enorme sobre o estado atual das nossas crianças.

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