
Pais criativos possuem a capacidade de desestruturar a realidade e reestruturá-la de outras maneiras, fazendo com que a aprendizagem dos seus filhos não entre na cabeça deles por osmose, mas sim por brincadeira.
Se o ditado popular diz: “toda brincadeira tem um fundo de verdade”, a cultura popular, mostra que toda brincadeira tem um fundo de aprendizado.
Michelle Araújo, 16 anos, conhece esta frase na prática. Ela teve uma infância muita rica em sabedoria, e deve isso à sua mãe, que utilizava qualquer brincadeira como um pretexto para enriquecer seu vocabulário. Quem nunca brincou de adedanha? E adedanha interativa? Era esse o nome que sua mãe, dona Joanna Araújo, dava a esta variação da adedanha.
"Quando caía letra A, por exemplo, eu tinha que saber 30 palavras com a letra A,
e eu só tinha 10 anos", contou Michelle, sorrindo. "Quando eu não sabia, mamãe me mandava olhar no 'pai-dos-burros' e falar mais 30", continuou.
Escolinha na garagem
A brincadeira era dividida em grupos de palavras: animais, adjetivos e de estados do Brasil. Michelle mora em Jardim Iguaçu há 3 anos, mas ainda guarda as lembranças de quando morava em Goiânia. "Lá em Goiânia, havia outras brincadeiras iguais à da adedanha, mas eu não me lembro muito bem, só lembro dela e da forca", revelou ela.
Criatividade com as brincadeiras não existe somente na família de Michelle. Que o diga a família D´Ávilla, que mora em Austin, próximo à Praça do Batuta. A escola é local-chave para brincadeiras educativas. A tia passa forca no quadro, adivinhações, o que-é-o-qué?, e a criançada se diverte.
E o que fazer nos dias em que não há escola? Animados com o desenvolvimento da filha Amanda, Seu Élio e Dona Evanilda D'ávilla criaram uma escolinha na garagem, simulando tarefas e brincadeiras de sala de aula. Amanda e suas coleguinhas se revezavam entre alunas e professoras. "A gente usava livros da escola mesmo", lembrou Amanda, que hoje está com 15 anos e sonha em ser professora. “Meus pais compraram quadro, giz, apagador, tudo. Era uma escolinha mesmo."
"fazendo com que a aprendizagem dos seus filhos não entre na cabeça deles por osmose"
ResponderExcluirmuito boa a matéria. É, de fato as crianças aprendem brincando , e o conhecimento é construido de forma tão espontânea e lúdica que nem elas percebem .
parabén Brenner, parabéns jovem repórter!
Juliana Portella
;)