quinta-feira, 17 de julho de 2008

Mais uma caixa de surpresas

Operadoras de caixa gostam do que fazem, mas sonham com um futuro melhor

Por Tatiana Sant'Anna e Priscilla Castro

Doze horas de trabalho, um ofício nada fácil. Primeiro emprego, uma questão de sobrevivência. Para Gerlaine, 18 anos, Rosilene, 24 anos, e Mariana Oliveira, 20 anos, trabalhar como operador de caixa em um supermercado é cansativo demais, principalmente em se tratando da carga horária que é exigida. Diferentemente de outras operadoras de caixa que desejam continuar na profissão, elas almejam fazer faculdade e seguir outra carreira, realizando seu maior sonho.

Em uma rápida conversa com as três jovens, que por sua vez estavam em horário de trabalho, elas contaram que gostam do que fazem. Dizem que o salário de R$ 680,00 ajuda, porém a responsabilidade é muita, principalmente em se tratando de um dinheiro que não é seu. Por trabalharem em uma rede de supermercados perto de casa, têm uma hora e meia de almoço, indo em casa para se alimentar, tomar um banho e, até mesmo, dar uma cochilada. Quando estão de folga, aproveitam para descansar e desfrutam do tempo que resta, curtindo a família e amigos.

Melhor que o magistério

“Nem sempre é tranqüilo e divertido”, conta Gerlaine, que há seis meses trabalha como caixa no local. Ela diz que se diverte, brincando ás vezes com as companheiras, porém ressalta que é muita responsabilidade lidar com um dinheiro que não é seu. A jovem não pretende fica lá por muito tempo: “Ainda não pensei na área que pretendo cursar, mas quero fazer faculdade”, diz. Rosilene segue o mesmo caminho. Acha a carga horária muito cansativa. Também pretende fazer faculdade e não deseja continuar no ofício que está atualmente, mudando para outro emprego, quando conseguir algo melhor.

Já Mariana Oliveira resolveu se aventurar em outra profissão: deixou o magistério por um tempo e foi trabalhar em um mercado perto de sua casa. E não fica somente no caixa. Para descansar um pouco, pois para ela ficar no caixa é tedioso, ajuda fazendo algumas atividades no salão e apóia em outros serviços. Há três anos no ofício, Mariana não pretende seguir carreira como caixa, e já está de olho em algumas faculdades. “Estou dando uma olhada. Quero fazer faculdade na área de psicologia educacional, mas está muito caro em algumas universidades”, reclama.

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