Casas que viram lojas e lojas que vendem de tudo são a cara de Nova Iguaçu
Texto e fotos de Thompson Nike
Com 40 anos, Eliane arrumou um jeito diferente de ganhar dinheiro. Moradora de Austin há mais 20 anos, ela colocou um freezer na garagem e começou vender carnes num espacinho que ficava ocioso. "Transformei minha casa num ponto comercial", conta, orgulhosa. Eliane está longe de ser uma exceção numa cidade que poderia ter como cartão-postal o Calçadão no Centro.
Não satisfeita, Eliane resolveu quebrar uma parede que ficava ao lado do cubículo onde as carnes eram vendidas. Nesse espaço, Eliane decidiu vender rações para animais. Tomada pela febre de improviso e criatividade que são a marca registrada do comércio dos bairros da cidade, a vendedora pendurou algumas prateleiras e colocou frutas, legumes e alimentos para venda. "Fui feliz em fazer a reforma em minha casa de três andares", conta ela. "Fiquei sem privacidade, mas depois me acostumei. Devemos estar preparados para tudo, hoje eu vivo dessa renda com muito orgulho."
Até quem tem emprego fixo vem adotando a estratégia da vendedora Eliane, arrumando um espaçinho na casa para abrir sua própria loja. Morador da Vila Zenith, o marceneiro Marcos, que não quis revelar sua idade, também encontrou uma forma de ganhar um dinheiro extra no fim do mês. A casa do marceneiro, ainda em construção, tem janelas de madeira e aparência muito humilde, além de ser um pouco apertada.
Nada disso impediu que Marcos criasse sua vendinha. Ele mesmo fez uma estante para expor suas pipas e guloseimas como biscoitos, doces e bebidas. "Compro bala com o tio Marcos todo dia. Compro porque é tudo barato", diz Fernanda Vasconcelos, 13 anos. Hoje, revendo tudo que já fez, Marcos revela: "Fiz a coisa certa. Pensei: 'Tenho que ter dinheiro para me manter.' Como estava sem trabalhar, tive essa idéia. Ganho o meu dinheiro e tenho prazer em vender", conta Marcos.
Padaria vende tudo
Além da criatividade, o que há de comum nesses estabelecimentos é a quantidade de produtos diferentes vendidos ao mesmo tempo. Algumas vezes, fica difícil enxergar ou entender qual é o carro-chefe dessas lojas, se é que eles existem. Até padaria entra na dança! Em Austin, havia uma loja de videogame onde, hoje, funciona uma padaria. O pão, que seria o principal produto da loja, vem dividindo espaço com outras mercadorias.
O dono da padaria, Francisco Neto, 53 amos, comprou e reformou a loja. Como tinha pouco espaço para vender seus pães, Neto comprou uma antiga loja ao lado e fez uma mercearia. "Coloquei uma vitrine de pães, doces e biscoitos. Na outra parte, pus salgados e refrigerantes, além de ter uma parte para produtos de limpeza e cozinha", diz ele, que também encontrou espaço para abrir um brechó na padaria.
Texto e fotos de Thompson Nike
Com 40 anos, Eliane arrumou um jeito diferente de ganhar dinheiro. Moradora de Austin há mais 20 anos, ela colocou um freezer na garagem e começou vender carnes num espacinho que ficava ocioso. "Transformei minha casa num ponto comercial", conta, orgulhosa. Eliane está longe de ser uma exceção numa cidade que poderia ter como cartão-postal o Calçadão no Centro.
Não satisfeita, Eliane resolveu quebrar uma parede que ficava ao lado do cubículo onde as carnes eram vendidas. Nesse espaço, Eliane decidiu vender rações para animais. Tomada pela febre de improviso e criatividade que são a marca registrada do comércio dos bairros da cidade, a vendedora pendurou algumas prateleiras e colocou frutas, legumes e alimentos para venda. "Fui feliz em fazer a reforma em minha casa de três andares", conta ela. "Fiquei sem privacidade, mas depois me acostumei. Devemos estar preparados para tudo, hoje eu vivo dessa renda com muito orgulho."
Até quem tem emprego fixo vem adotando a estratégia da vendedora Eliane, arrumando um espaçinho na casa para abrir sua própria loja. Morador da Vila Zenith, o marceneiro Marcos, que não quis revelar sua idade, também encontrou uma forma de ganhar um dinheiro extra no fim do mês. A casa do marceneiro, ainda em construção, tem janelas de madeira e aparência muito humilde, além de ser um pouco apertada.
Nada disso impediu que Marcos criasse sua vendinha. Ele mesmo fez uma estante para expor suas pipas e guloseimas como biscoitos, doces e bebidas. "Compro bala com o tio Marcos todo dia. Compro porque é tudo barato", diz Fernanda Vasconcelos, 13 anos. Hoje, revendo tudo que já fez, Marcos revela: "Fiz a coisa certa. Pensei: 'Tenho que ter dinheiro para me manter.' Como estava sem trabalhar, tive essa idéia. Ganho o meu dinheiro e tenho prazer em vender", conta Marcos.
Padaria vende tudo
Além da criatividade, o que há de comum nesses estabelecimentos é a quantidade de produtos diferentes vendidos ao mesmo tempo. Algumas vezes, fica difícil enxergar ou entender qual é o carro-chefe dessas lojas, se é que eles existem. Até padaria entra na dança! Em Austin, havia uma loja de videogame onde, hoje, funciona uma padaria. O pão, que seria o principal produto da loja, vem dividindo espaço com outras mercadorias.
O dono da padaria, Francisco Neto, 53 amos, comprou e reformou a loja. Como tinha pouco espaço para vender seus pães, Neto comprou uma antiga loja ao lado e fez uma mercearia. "Coloquei uma vitrine de pães, doces e biscoitos. Na outra parte, pus salgados e refrigerantes, além de ter uma parte para produtos de limpeza e cozinha", diz ele, que também encontrou espaço para abrir um brechó na padaria.
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