segunda-feira, 16 de junho de 2008

Um casamento perfeito

Nova Iguaçu festeja Santo Antônio, o padroeiro da cidade.

Por Breno Marques e Paulo Nino
Fotos: Marcelle da Fonseca e Bruno Marinho


A festa de Santo Antônio, uma das mais famosas de Nova Iguaçu, começou no dia 12 de junho e terminou no dia 15 de junho. A festa, realizada pela diocese com apoio da prefeitura, reúne tradições do santo, comidas típicas e missas católicas.

Como vem ocorrendo desde que Dom Adriano Hipólito consagrou o santo como o padroeiro de Nova Iguaçu, uma grande multidão se espremeu na Avenida Marechal Floriano Peixoto.

Cento e noventa e duas barraquinhas foram montadas ao longo de dois quilômetros entre a Praça da Liberdade e a Igreja de Santo Antônio de Jacutinga, na esquina com a Avenida Getúlio de Moura.

Diversão de graça

O evento atraiu pessoas de diversos bairros de Nova Iguaçu. O estudante Cláudio Antunes, de 16 anos, mora no bairro do Rancho Novo e sempre que pode vai à festa.
“Eu fui só no segundo dia da festa, achei super legal porque tinha bastante gente diferente, e também revi meus amigos de infância”, conta Cláudio. Para ele, a festa do padroeiro é mais uma opção para se divertir de graça em Nova Iguaçu.
O santo é conhecido por ser casamenteiro, padroeiro dos pobres e ajudar a encontrar objetos perdidos. Grande parte daquela multidão não apenas acredita nos poderes desse que é o santo mais popular no Brasil, como está ali para agradece por uma graça alcançada.

Facão na bananeira

O estudante Christopher Anute, de 18 anos, morador do bairro Califórnia, diz que se tornou devoto de Santo Antônio quando encontrou sua cara-metade. “Uma vez encravei um facão na bananeira do sítio da minha tia, no dia 12 de junho à meia-noite”, conta Christopher. Conheceu a mulher que se tornaria sua noiva nesta mesma semana e a partir de então não perdeu uma missa de Santo Antônio. “É minha forma de gratidão”, afirma ele.

Anute, no entanto, não gosta da badalação em torno do santo. “Acho a festa muito ruim, pois tem pouca segurança e muita gente mal encarada.” No entanto, ele acha que Santo Antônio merece a homenagem e gosta das comidas típicas servidas na festa. “Adoro cocada”, diz.
A festa atrai jovens e adultos, nem todos devotos. Muita gente vai apenas para se divertir. “Eu não sou devoto, nem vou à igreja”, diz o estudante de administração Paulo Monfort, 20 anos, morador do centro de Nova Iguaçu. “Mas gosto da festa, não perco um ano sequer porque aqui encontro todos os meus amigos da antiga escola e agora da faculdade.” Paulo Monfort acha, porém, que devia haver mais atrações.
Falta segurança

Algumas pessoas se decepcionaram com a festa. Esse foi o caso da estudante Thamires Nunes, de 17 anos, que reclamou da segurança. “Eu particularmente achei a festa muita chata, pois vi muitas pessoas bêbadas”, protesta Thamires. Esses bêbados brigam entre si e terminam estragando a festa de quem está ali para se divertir.
O atendente de lan house Diego Pereira, de 19 anos, morador do bairro Califórnia, pensou que haveria mais gente na festa. “Achei estranho assim que cheguei, pois não estava cheia como imaginava”, diz o atendente. Ele também se surpreendeu ao ver um membro da igreja subir no palco de madrugada. “Achei entranho quando um cara subiu no palco às duas da manhã e pediu pra as pessoas ir à missa das dez horas do dia seguinte. Até parece que alguém ia, estavam quase todos bêbados.”

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