segunda-feira, 30 de junho de 2008

O dispositivo da discórdia

Lei que proíbe o uso de celular gera polêmica nas escolas

Nova lei aprovada em 11de abril proíbe em escolas estaduais e em bibliotecas o uso de celular e outros aparelhos, como MP3, MP4, IPod's e videogames portáteis, entre outros. A lei 5222, de autoria do deputado Marcelo Simão, já está sendo objeto de inúmeras discussões entre professores, estudantes e diretores.

A justificativa da lei é que, segundo vários professores, é constatado e já comum o uso de celular, MP3, Game Boy, walkman, diskman e fones de ouvido dentro de sala de aula. Isso faria com que os estudantes não prestem atenção nas aulas, e conseqüentemente prejudicaria o aprendizado e o rendimento escolar.

"Acho palhaçada essa lei", declarou a estudante Josiane Maria, 16 anos. "Isso não influencia em absolutamente nada, uma vez que já é normal os alunos assistirem e não prestarem atenção nas aulas com ou sem celular."

A lei está restrita às escolas estaduais, mas o uso de dispositivos eletrônicos de há muito vem preocupando as escolas particulares. "O governo não pode interferir na minha instituição", afirma Shirley Teixeira, diretora de uma escola particular de Nova Iguaçu. "Mas se o aluno for flagrado com um celular, nós vamos dialogar com ele de modo a evitar que a situação se repita." Mas se houver uma reincidência o responsável será chamado à escola.

"Esse é o tipo de coisa que desestimula o professor e mostra o quanto a profissão não é reconhecida", afirma a professora Edna Rocha, 41 anos. Para a professora, o aluno que atende um celular em sala de aula é no mínimo descortês com quem está lá frente e com os seus companheiros de turma.

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