Evento em praça do Bairro Palhada reúne a garotada e muda o ponto de vista dos pais a respeito do Bairro-Escola na comunidade.
Texto e fotos por Daniel SantosImagens de celularOs pais dos alunos desconheciam o trabalho realizado pelo Bairro-Escola na escola Municipal
.jpg)
Edna Umbelina e por isso muitos alunos não aderiram ao horário integral. Para mostrar como é o trabalho, os coordenadores do programa se articularam com os moradores da Palhada e organizaram um evento na praça do conjunto Rosa Branca Palhada. O evento, que se estendeu das nove horas da manhã até as dez da noite, promoveu oficinas culturais, esportivas, artes plásticas, grafite , audiovisual e dança do ventre, entre outras coisas.
"Só a escola é muito pouco para se articular com a comunidade", diz Rômulo Sales, o coordenador das oficinas culturais do Bairro-Escola. "O evento abriu as portas para mudar a situação do bairro."
Expressão de alegriaAs crianças se divertiram com as brincadeiras e ficaram felizes com o carinho dos
.jpg)
oficineiros."Gostaria que sempre tivesse essas brincadeiras na praça", diz Mariane Luíza, oito anos, aluna da segunda série.
"Adorei as oficinas de pintura e malabares", diz a menina, que tem o sonho de se tornar professora.Uma das oficinas que mais mobilizou os moradores foi a de grafite. Ela mudou o aspecto do paredão e deixou uma nova referência na praça.
"Um muro sem grafite demonstra um lugar sem vida", diz Marcos Henrique de Oliveira, mais conhecido como Piri. "Já o muro com grafite expressa arte, vida e alegria."
Vitória da catadoraO evento foi organizado em parceria com o comércio local, a associação de catadores de ferro-velho do bairro e a prefeitura de Nova Iguaçu.
.jpg)
"Se a população se unir, a gente vence", diz a catadora de ferro-velho Durvalina Lima de Oliveira, 25 anos, mãe de cinco filhos e uma das principais pessoas responsáveis pela realização do evento. "A população precisa fazer a parte dela, pois isso é pra nós mesmos.
"Embora nenhum dos seus filhos seja beneficiado pelo Bairro-Escola, a catadora se disse gratificada só de "ver as crianças brincando". "Não consegui vaga para meus nas escolas municipais, mas eu sei o que é o projeto e aconselho o pessoal a participar."
Mais cidadãoO evento só não foi mais bem-sucedido porque houve problema com a aparelhagem de som, que animaria a festa junina no final da noite. O problema do som também comprometeu a
.jpg)
apresentação dos cantores do bairro. As crianças aproveitaram o palco vazio e fizeram a maior farra em cima dele.
"A grande dificuldade foi de as pessoas abraçarem a idéia", afirma a técnica de enfermagem Rejane Arruda. "Sabendo que tem alguém se importando conosco, a gente se sente mais cidadão. Muito bom ver acontecimentos como esse no nosso bairro."