Por Carla de Souza Domingues, Lucília da Soledade Eleutério, Jeyce Cristine
Imagens: Daniel Santos
Se você quiser encontrar o pedreiro Anderson Alexandre dos Santos, basta ir à Lan do Julio, em Austin. “Só vou em casa almoçar”, revela esse habitante do mundo virtual, que não gasta menos de R$ 70 por semana caçando mulheres na internet. Não é muito diferente o dia-a-dia do estudante Jefferson Rodrigo Alexandre da Silva, que gasta R$ 50 por semana para passar cinco horas diárias zoando em sites de relacionamento como o Orkut e o MSN. Nenhum dos dois tem computador, mas jamais lhes ocorreu juntar dinheiro para realizar a utopia da inclusão digital sob o olhar protetor dos pais. “Não gosto de ficar em casa”, acrescenta Anderson.
O público das lan-houses não é feito só de fissurados, como nos dois casos apresentados acima. “Aqui vem todo tipo de gente aqui e com todos os objetivos”, conta Leonardo Vieira, que em abril de 2006 largou uma lanchonete para abrir a lan house Matrix Games. Mais espalhadas por Nova Iguaçu do que o mosquito da dengue, as lans podem atrair donas de casa interessadas em pagar contas, estudantes que precisam fazer pesquisa escolar e principalmente jovens reunidos em torno dos clãs – cerca de 15 grupos de cinco pessoas que disputam campeonatos de games eletrônicos nos quais os ganhadores podem levar até R$ 5 mil.
“Venho aqui para bater-papo no MSN e no Orkut”, conta a estudante Carolina Domingues Ribeiro, que arranca R$ 10 por semana da mãe para passar duas horas diárias em sites de relacionamento. Já o porteiro Sebastião Luiz Virginio, que só vai às lans aos domingos mas em compensação passa o dia inteiro lá dentro, procura conhecer pessoas novas tanto ao lado dos computadores quanto no espaço virtual. “Já arrumei namoradas na internet”, diz ele. “Mas nenhum desses relacionamentos durou mais de um mês”, lamenta. O estudante Thiago do Carmo Delfino, embora já tenha arrumado namoradas no MSN e no Orkut, tem mais interesse nos jogos eletrônicos. “Quando minha mãe deixa, chego a passar cinco horas aqui dentro”, diz ele, que retira de R$
“Se a gente vacilar, eles querem dormir aqui”, conta Fábio Fluzino, proprietário da Mini Delta,
Dono da Lan do Júlio, Júlio César dos Santos trocou a profissão de enfermeiro para abrir seu negócio há pouco mais de um ano. Tem consciência de que as lan houses se tornaram um importante espaço de sociabilidade da cidade e por isso mantém a casa aberta de segunda a segunda, com direito a alguns dias de corujão, cujo funcionamento vai até as seis horas da manhã. O ex-enfermeiro acredita que, para manter as máquinas 60% do tempo ocupadas, precisa de computadores novos, oferecer um atendimento de qualidade e estar sempre atento às novidades.
Mas o chamado boom das lans está longe de acabar, pelo menos
Os bancos já perceberam o potencial desse negócio no país, como se pode perceber pelo fato de que apenas 21% da população brasileira ter feito pelo menos um acesso na internet. “Converse com o seu gerente”, aconselha Júlio César dos Santos. “Leve alguns casos de sucesso e as planilhas de gastos e perspectiva de retorno com cálculos sólidos.” Segundo o empresário, os bancos estão reconhecendo a viabilidade de empréstimo para este novo setor da economia. “Aproveite também o Sebrae, que é a maior instituição de apoio à micro e pequena empresas.” Com certeza, eles vão oferecer suporte para abertura da sua empresa.
Caraca gostei disso ai pow!
ResponderExcluirMeu moreno tava ai no meio do Pessoal!
hauhau
kralhoul ....eu num aparecii diteitooo mas fikooo maneiraumm...
ResponderExcluiruhahahuahuausha.
ahhh lan do skull's fikandu famosa.
huhuhsuahuausasa.
vlw rapeize...
Vocês são ridículos e escrevem como analfabetos, retardados pobres. - A
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