Estudioso do clima mostra que ainda há tempo para impedir o aquecimento global.
Por:Avril Nobre
fotos: retiradas da internet
Professor da USP e diretor do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), Pedro Leite da Silva Dias deu uma palestra sobre um dos temas mais candentes da atualidade na SBPC: “Mudanças Climáticas – Como enfrentarmos essas mudanças”. Ao contrário do discurso alarmista veiculado com freqüência na mídia, o professor fez uma leitura otimista e tranqüilizadora do chamado aquecimento global. “Não devemos ver esse problema como uma catástrofe, como o fim do mundo”, disse o pesquisador. “Catástrofe será se ninguém fizer nada.”
Pedro Leite é um dos primeiros estudiosos da questão ambiental no Brasil. “Esse tema me fascina desde os anos 70, quando fazia a minha pós-graduação nos Estados Unidos.” Depois que tomou consciência do problema, o professor vem dedicando um tempo considerável de suas pesquisas a entender melhor os processos associados às mudanças climáticas. Mas ele não se limita a entender o problema. “Faz uns 10 anos que eu também passei a me preocupar com o que fazer.”
Mas antes de partir para a ação, o doutor em ciências atmosféricas pela Universidade do Colorado propôs uma correção conceitual no problema climático. “Todos dizem que o problema é causado pelo "Efeito Estufa”, lembrou. Na verdade, explicou, o problema não é o efeito estufa em si, mas o aumento dele. “Se não fossem o efeito estufa na atmosfera e o papel que é exercido por alguns gases que estão aqui presentes, nós nem estaríamos aqui.” De acordo com o professor da USP, gases como o dióxido de carbono e o vapor d´água funcionam como um vidro, impedindo a saída do calor. “A atmosfera funciona como um cobertor.”
Para os céticos, Pedro Leite lembrou que a Terra foi muito mais quente há 80 milhões de anos. “Nessa época, não existia nem gelo.” É claro que ninguém estava lá, mas a estimativa da temperatura pode ser feita com base no tipo de fauna e flora daquela época. “A formação da Antártica, por exemplo, só se deu há cerca 40 milhões de anos.” As expectativas atuais são de que nos próximos100 anos a temperatura varie de 3 a 5 graus nos cálculos mais otimistas e, nos mais pessimistas, até 8 graus. “Então isso nos devolveria a temperatura que a Terra tinha há milhões”, constatou.
Pedro Leite duvida da eficácia de ações globalizadas como o famoso Protocolo de Kyoto, mas acredita que a humanidade pode aproveitar essas crises ou mudanças forçadas pelo ambiente para mudar várias coisas em nossas vidas. “Se quisermos e nos unirmos, ainda há tempo de mudarmos esse quadro e evitarmos o aquecimento global em estágio mais sério.”
Nesta quinta-feira o SESC tornou-se palco de uma dos maiores reuniões responsável pela popularização, dos conhecimentos científicos e tecnológicos alem de tratar, também de assuntos ambientais, trata-se da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).A SBPC é uma entidade civil, sem fins lucrativos nem cor político-partidária, voltada principalmente para a defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Todos os anos, ela organiza sua Reunião Anual (atualmente em sua 60ª edição) e, semestralmente, as Reuniões Regionais, realizadas cada vez em um estado diferente.
Pedro Leite é um dos primeiros estudiosos da questão ambiental no Brasil. “Esse tema me fascina desde os anos 70, quando fazia a minha pós-graduação nos Estados Unidos.” Depois que tomou consciência do problema, o professor vem dedicando um tempo considerável de suas pesquisas a entender melhor os processos associados às mudanças climáticas. Mas ele não se limita a entender o problema. “Faz uns 10 anos que eu também passei a me preocupar com o que fazer.”
Mas antes de partir para a ação, o doutor em ciências atmosféricas pela Universidade do Colorado propôs uma correção conceitual no problema climático. “Todos dizem que o problema é causado pelo "Efeito Estufa”, lembrou. Na verdade, explicou, o problema não é o efeito estufa em si, mas o aumento dele. “Se não fossem o efeito estufa na atmosfera e o papel que é exercido por alguns gases que estão aqui presentes, nós nem estaríamos aqui.” De acordo com o professor da USP, gases como o dióxido de carbono e o vapor d´água funcionam como um vidro, impedindo a saída do calor. “A atmosfera funciona como um cobertor.”
Para os céticos, Pedro Leite lembrou que a Terra foi muito mais quente há 80 milhões de anos. “Nessa época, não existia nem gelo.” É claro que ninguém estava lá, mas a estimativa da temperatura pode ser feita com base no tipo de fauna e flora daquela época. “A formação da Antártica, por exemplo, só se deu há cerca 40 milhões de anos.” As expectativas atuais são de que nos próximos100 anos a temperatura varie de 3 a 5 graus nos cálculos mais otimistas e, nos mais pessimistas, até 8 graus. “Então isso nos devolveria a temperatura que a Terra tinha há milhões”, constatou.
Pedro Leite duvida da eficácia de ações globalizadas como o famoso Protocolo de Kyoto, mas acredita que a humanidade pode aproveitar essas crises ou mudanças forçadas pelo ambiente para mudar várias coisas em nossas vidas. “Se quisermos e nos unirmos, ainda há tempo de mudarmos esse quadro e evitarmos o aquecimento global em estágio mais sério.”
Nesta quinta-feira o SESC tornou-se palco de uma dos maiores reuniões responsável pela popularização, dos conhecimentos científicos e tecnológicos alem de tratar, também de assuntos ambientais, trata-se da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).A SBPC é uma entidade civil, sem fins lucrativos nem cor político-partidária, voltada principalmente para a defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Todos os anos, ela organiza sua Reunião Anual (atualmente em sua 60ª edição) e, semestralmente, as Reuniões Regionais, realizadas cada vez em um estado diferente.
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