segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Uma jornalista angolana

A angolana Vanilda foi uma dos cerca de 2 mil jovens que procuraram um estágio na Feira de Empregos e Estágio de Nova Iguaçu
por Luiza Alves, Thalison e Rodrigo

Vanilda Felicia da Cunha, apelidada pelos amigos brasileiros de Vanni, nasceu em Angola há 17 anos.

Desde pequena, sonhava em fazer jornalismo. Dizia que queria dar notícias na TV. Quando estava prestes a concluir o ensino fundamental, o pai lhe prometeu um presente. Era uma surpresa, que ele só revelaria quando ela concluísse a oitava série. Era a viagem para o Brasil, onde ela veio para concluir o ensino médio e e fazer a tão sonhada faculdade de jornalismo.

Ela veio para o Brasil porque nosso país oferece muitas oportunidades para o jovem. Ela está concluindo o segundo ano do ensino médio no colégio Millenmium.

Vanni nunca pensou em sair do país, onde vivia como um adolescente comum, indo a festas com os amigos. Embora soubesse que as coisas seriam um pouco diferentes no Brasil, ela não pensou duas vezes para deixar família e amigos para trás.

Aqui, ela mora com os tios e duas primas, no Jardim Alvorada, em Nova Iguaçu. Quando chegou, foi recebida calorosamente. A hospitalidade do nosso povo a ajudou a superar a saudade da terra natal. Está no Brasil há dois anos e mata a saudade através da internet e do celular.

Há muitas diferenças entre o Brasil e a Angola, mas a maior delas é a comida. "Lá, a carne do McDonald´s é cozida", exemplifica. "Já aqui é frita." Ela também se surpreendeu com a liberdade religiosa, pois em seu país os adeptos ao candomblé e da umbanda vão escondidos aos cultos . Outras diferenças que chamaram a atenção de Vani foram o nosso respeito às leis e a capacidade de nosso povo de lutar por seus direitos. "Os angolanos são mais conformados e individualistas", afirma. "Não fazem protestos."

Vani amadureceu muito nesses dois anos de Brasil, que para ela é uma lição de vida. Mas, mesmo gostando muito daqui, ela quer voltar para seu país e para sua família tão logo acabe a faculdade. Depois desse reencontro, viajará pelo mundo como jornalista.

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