quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Chegou a vez das donas de casa

Mães falam de suas preocupações
com as filhas

por Flavia Ferreira e Carolina dos Santos Fernandez

Já virou práxis a preocupação que os pais têm com seus filhos. Tudo isso por conta dos caminhos que, a todo instante, são oferecidos aos seus filhos ainda jovens, e ardendo de curiosidade em desvendá-los. “Tenho a preocupação comum de toda a mãe, só procuro aconselhar para o que a vida trás”, disse a dona de casa Andréia Vieira dos Santos Fernandes, mãe de Carolina dos Santos Fernandes, 18 anos. Assim como Andréia, tantas outras mães convivem com essa preocupação, Fátima Ferreira, 50 anos é uma delas. Tem dois filhos jovens, sendo que um deles já se encontra casado. A outra é Flávia Ferreira, 18 anos, é solteira.

Para ela é tudo normal, pois tem uma experiência de vida maior, vinda de seus tantos anos de vida. “Falo para o bem deles, pois já fui jovem um dia e sei como a vida é”, disse ela, lembrando das conversas que tinha com seus filhos em casa. Isso acontecia na cozinha, no banheiro, na sala, no quarto, não existia tempo ruim para prosear.

Só queremos o bem para os filhos
Por mais que os filhos não gostem, ou se sintam presos à marcação cerrada de seus pais, bem parecida com os zagueiros do futebol, isso é aceitável, uma vez que seus conselhos são sempre relevantes. “É normal aconselharmos, queremos só o bem deles. Eles têm que entender isso”, explica Fátima. Dona Andréia vai além, muito pelo fato de sua filha ser freqüentadora das noitadas. “É para fazê-la entender os riscos e os perigos que a na vida noturna tem”, conta ela.

Se antes, geralmente, não havia uma relação aberta entre pais e filhos, hoje esta ocorre de forma mais sincera em alguns casos. Mesmo assim, segundo as mães, os “problemas” continuam acontecendo. “Isso acontece, porque em casa é um tipo de informação, aonde procuramos preservar a moral, os bons costumes, a harmonia e o respeito da família. Mas há diversas informações na sociedade moderna, totalmente contrárias aos padrões que passo diariamente para eles.. E isso tem influenciado os jovens”, conta um pouco surpresa Dona Andréia.

Isso a faz ficar preocupada com o que o que o mundo reserva para sua filha. “Vivo com insegurança”, relatou preocupada. Mas isso não faz esfriar a relação que mantém com sua filha. “Temos uma relação de amizade dentro de casa”. Além disso, ela também tem uma relação muito afetiva com os amigos de sua filha e com os vizinhos.

Andréia e sua família moram em Comendador Soares faz muito tempo. Durante 25 anos viram muitas transformações, mas gostam de seu bairro. “Aqui é bom para morar e para se criar uma família. Comparando com outros bairros até que o lugar é bom. Tem saneamento, ruas asfaltadas, escolas perto de casa e o índice de violência não é tão alto”, explicou. Coincidência ou não, Fátima e sua família também moram em Comendador Soares. Ela se sente bem em seu bairro, mesmo tendo vontade de se mudar, mas a falta de dinheiro a impede, “o jeito é ficar por aqui mesmo, e procurar ser feliz”, finaliza.

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