sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Diálogos


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Lutando para ser feliz
por Daniella dos Santos Vieira

Meu nome é Jéssica Lima, moro próximo ao centro de Nova Iguaçu, tenho 18 anos e uma enorme dificuldade de relacionamento familiar, pois meus pais, Rita e Zé Carlos, se separaram quando eu tinha 8 anos. O motivo da separação foi porque minha mãe se relacionou com outra pessoa e logo meu pai descobriu. Conseqüentemente ele resolveu se separar. Tendo 5 filhos com a minha mãe, depois que houve a separação, minha família se desestruturou totalmente. Éramos todos pequenos, precisando de atenção e carinho dos meus pais. Isso foi muito ruim para todos os irmãos e para o meu pai, que sofria noite e dia, sentindo falta de minha mãe, que logo arrumou uma casa e foi morar com outro homem.

Foi triste para todos e isso refletiu em nosso crescimento.

Com o passar do tempo meu pai começou a se relacionar com a minha atual madrasta, Iara, com que teve mais 3 filhos e atualmente moramos todos juntos, eu, meus irmãos e os filhos de minha madrasta (os 3 que nasceram). Eu gosto muito da minha família e da minha casa, só que as vezes é muito complicado, pois a minha madrasta só se importa com os filhos dela e isso me deixa muito triste, pois eu sinto muita falta da minha mãe. Sinto falta de carinho. Mas sinto muito mais falta ainda de conversar.

A minha família é de suma importância na minha vida! Sou feliz. Minha alegria poderia se completar se eu tivesse minha mãe ao meu lado. Mas mesmo assim eu tento ser uma jovem normal.

Sou alegre e feliz mesmo com as desavenças.
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Ligada nas coisas
por Adriane de Souza

Oi! Sou Rafaele Nunes, tenho 17 anos, moro em Cabuçu e tenho um diálogo muito bom com a minha família. Adoramos conversar sobre as notícias do mundo inteiro, geralmente reunidos na sala.

Acho que a tecnologia aproxima mais as pessoas, pois costumamos conversar com a TV ligada para ficarmos atentos as notícias veiculadas e isso nos beneficia. As vezes isso também pode prejudicar o diálogo entre a família. Mas não devemos deixar interferir.

Quanto ao telefone, acho que ele ajuda a aproximar os parentes que moram longe. O ruim, as vezes, são os trotes.

O outro acesso que nos trás benefícios é o computador, com dados atualizadissímos e muito bom, também, para conversar com amigos “online” (MSN). O lado ruim que pode acontecer é que esqueço das horas na Internet, e não sobra aquele tempo necessário para conversar com meus pais. Mas isso é muito raro.

Considero a tecnologia como um grande avanço, que favorece a todos, inclusive em trabalhos escolares, sem deixar a mídia impressa de lado, pois ela nos atualiza e nos exercita a leitura.

Quanto ao meu final de semana, gosto de assistir TV e ir a casa de minha tia.
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Família descontraída
por Paulo Nino

Sou Pedro Paulo dos Santos, tenho 14 anos, moro no K11, venho de uma família humilde daqui mesmo, de Nova Iguaçu. Meus pais são separados desde que eu era bebê. Moro com minha mãe e não tenho qualquer problema de relacionamento com meu pai, Carlos Roberto. Entre os dois quase não há contato.passei a não ligar para a ausência de meu pai, pois recebo todo o amor de minha mãe, a doméstica Maria dos Santos.

Eu e minha mãe conversamos sobre tudo: drogas, bebidas, sexo... essas coisas. Ela, ao contrário de muitas, tem a cabeça bem aberta para entender o mundo dos jovens. Ela está sempre atenta e pronta para explicar a mim as coisas do dia-a-dia.

- Minha mãe não é do tipo que fica ligando para mim o tempo todo, mas fica muito aborrecida se eu chegar depois das 22 horas em casa. Diz Pedro Paulo.

Ficamos quase o tempo todo juntos, principalmente nos finais de semana, os quais aproveitamos para assistir filmes em DVD. Assistimos e depois comentamos. - Na outra semana assistimos o mesmo filme várias vezes. Diz Pedro Paulo rindo.

Passamos os domingos inteiros juntos na igreja, onde arrumamos, ensaiamos e participamos em comunidade.

Na minha casa moram, ainda, minha irmã, Tatiane, e Maria Eduarda, minha sobrinha e o meu relacionamento com minha irmã é muito bom e nos falamos mais quando ela quer alguma coisa.

Estou na 9ª série e pretendo fazer o curso de técnico em informática.- Quando eu casar vou visitar minha mãe toda a semana! Diz Pedro Paulo olhando para a sua mãe, que faz modos de que não concorda com a idéia dele sair de casa um dia.
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Convivência harmoniosa
por Viviane Menezes

Gabrielli Gomes, a Gabi, tem 17 anos, é estudante, mora no Bairro da Luz e conta que vive muito bem com seus pais, principalmente com sua mãe, Tatiana, com quem dialoga.

– Converso bastante com minha mãe sobre a escola e vida amorosa. Diz Gabi.

Tatiana é doméstica, quando chega do trabalho vai logo dando atenção as filhas.

– Quando minha mãe chega, fico muito feliz. Costumamos nos reunir na sala ou no quarto para bater aquele papo. Diz.

Quando sua mãe está trabalhando, Gabi e sua irmã caçula matam a saudade pelo telefone. Ela diz a sua mãe a compreende muito bem, por isso conversa com ela constantemente. Quanto ao seu pai, Davi, não é a mesma coisa. Quando estão reunidos, conversam sobre a escola.

Gabi fala que não briga com os seus pais. As vezes, discute um pouco com sua mãe, por causa da escola, nunca por qualquer coisa. E fala: - É que eu sou um pouco rebelde. Mas a convivência é harmoniosa.
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Sem mudança de hábitos
por Jeniffer Viviane Braz Silva

Olá, sou Ingrid Braz, tenho 20 anos, moro em Cabuçu, na Estrada de Madureira.

Em nossa família não conversamos muito. Esses momento são raros e quando acontece, geralmente é na sala de minha casa.

Acho que a tecnologia as vezes aproxima. A TV nos mantém informados. Mas na maioria das vezes que quero conversar com os meus pais, eles ficam assistindo TV e não me dão atenção.

O telefone é muito bom para fazer contato com as pessoas que moram longe mas existe o lado ruim, que é quando alguém liga e me acorda, de manhã ou então pelos trotes.

Quanto ao computador o bom é o Orkut e o MSN e o ruim é quando invadem nossa privacidade e a tecnologia ainda não é satisfatória.

Não tenho o hábito de leitura e por isso não procuro a mídia impressa.Nos fins de semana faço curso pré-militar e vou a igreja.
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Mais que uma família
por Breno Marques

Ramon dos Santos tem 16 anos, é estudante, mora no bairro Califórnia, em Nova Iguaçu, tem uma boa relação com a família. Em sua casa mora ele, seu pai, sua mãe e seu irmão menor. No mesmo quintal. Na parte de cima, moram, seu irmão mais velho, sua esposa e filho. E ele conversa com todos do quintal, mas a afinidade maior é com sua mãe e seu pai, com quem diz conversar sobre tudo e tirar dúvidas sobre a vida. “o meu relacionamento com a minha família é bem liberal, nós não temos segredos um com o outro, temos uma amizade muito grande”. Diz. Já com o irmão, Ramon mantém uma relação normal, pois conheceu o irmão não tem mais que dois anos. Fruto de um casamento anterior. “com meu irmão não tenho muita intimidade até hoje, mas tento manter a relação de irmão sempre”. Diz.

A tecnologia sempre uniu Ramon e seus pais. O telefone celular é o grande veículo de comunicação deles. Cada um tem o seu. “na minha casa todo mundo tem celular, para sempre que um estiver na rua, o outro sabe onde encontrá-lo”. Diz Ramon feliz da vida pelo grande poder de comunicação da família.

Outro veículo de grande comunicação é a Internet, pois sua mãe e seu pai trabalham com empréstimos em consultoria. Facilitando o acesso ao MSN e Orkut.

Ramon tem contato maior com a sua mãe, Kátia, de 44 anos. Já seu pai, Romualdo, 46 anos, prefere manter a relação dentro de casa, onde se reúnem, sempre, na parte da noite, na sala. “Minha família sempre se junta de noite na sala, aí contamos como foi o dia de cada um. Sempre fazemos isso”. Diz Ramon afirmando que a família mantém um bom relacionamento.

Aos domingos a família Rocha sempre se junta no quintal, e quando podem, fazem um churrasco. “Nós nos reunimos aos domingos sempre, às vezes vem meus primos e tios mais próximos”. Relata Ramon sobre a união de todos aos domingos. As discussões são comuns entre as famílias, ali começam e ali acabam, sem seqüelas.

Ramon joga vôlei pelo Colégio Iguaçuano e é apoiado pela família. “Minha mãe e meu pai me apóiam bastante. Meu sonho é conseguir fazer meu jogo virar profissional”. Diz também que a única “briguinha” do casal é em relação ao futuro, pois a mãe quer que ele faça faculdade e trabalhe. Já se pai quer que ele sirva ao exército, pois o irmão seguiu carreira. Mas ele quer mesmo é fazer educação física. Ramom diz isso rindo descontraidamente.
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Aceitando as coisas como elas são
por Marcos Vinícius Lima

Diego Carlos Galdeano, 18 anos, morador do Bairro da Prata, tem uma vida tranqüila. Ele mora com a mãe e o irmão. O pai é separado da mãe e vive com mais dois irmãos, por parte do pai, um menino e uma menina. O pai vive com uma mulher que Diego não gosta. Eles ainda não se casaram, mas o casamento está próximo.

Diego se dá bem com os irmãos. Com todos eles, pois costuma ver o pai em alguns finais de semana.

O dia que ele fica mais junto de sua família. Com a mãe e o irmão.é no sábado e, as vezes, passa o sábado na casa do pai, com seus outros irmãos, mas sem a presença da mãe deles.

Diego trabalha em uma lan house e estuda de manhã. Ele gosta de trabalhar, mas não pretende ficar muito tempo. O sonho dele e ser biólogo.

A tecnologia ajuda na comunicação com o pai. Através do telefone celular, mesmo com a distância, não perde o contato. As vezes, com a mãe e o irmão, tiram um tempo para assistirem filmes na TV a cabo.Diego sofreu muito com a separação, mas ultimamente tem levado bem a vida e aceitado as coisas como são.
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