terça-feira, 28 de abril de 2009

Horas de estágio

Estudantes de história têm forte presença entre os mediadores culturais
por Larissa Leotério

A maioria dos mediadores culturais do Bairro-Escola é composta por estudantes de História, que estão muito mais preocupados em enriquecer o currículo do que em ganhar dinheiro. Pelo menos é o que se pode deduzir de uma conversa com Rafaele, Rita de Cássia, Vinícius e Diego, todos eles estudantes do sexto período do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

“Estou quase no final do curso e essa experiência, além de muito válida, também é remunerada”, conta Rita de Cássia Ribeiro da Silva, de 21 anos, moradora de Vista Alegre, no Rio de Janeiro. “Tem tudo a ver com História.” A futura historiadora também deseja provar que o estudo pode ser interessante e até mesmo divertido, ao contrário do que a maioria das crianças costuma achar.

Diego Caetano Miranda, de 24 anos e morador de São Cristóvão, quer usar a experiência do Bairro Escola para mostrar que é preciso “conhecer o passado para entender o presente”. “Os temas que passam na História interferem, e muito, no presente”, afirma Diego Miranda, para quem as oficinas culturais podem ajudar a entender o preconceito da sociedade e diminuir a frequência com que aparece.

Vinícius dos Santos Fernandes, de 20 anos, tem objetivos mais concretos e objetivos. “Preciso de horas de estágio e praticar o que aprendi na faculdade”, afirma. Apesar do seu pragmatismo, Vinícius não perde a ideologia presente nos amigos: “Acredito que a cultura pode ser uma ferramenta para difundir valores e conceitos históricos.”

Mesmo com a experiência que possui por ter dado aula para crianças quando se formou no curso normal, Rafaele Moreira Azevedo, de 21, precisa de mais prática. Dessa vez, para conquistar seu diploma de Licenciatura em História. “Eu trabalho, atualmente, como vendedora. Mas quero sair da área do comércio. Quero mesmo é ficar na educação”, declara a moça mais empolgada do grupo.

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