Mediadores culturais aumentam repertório na formação das segundas-feiras
por Fernanda Bastos e Jéssica de Oliveira
O projeto Bairro-Escola, programa implantado pela Prefeitura de Nova Iguaçu há três anos, tem como objetivo integrar atividades culturais, educativas, esportivas e pedagógicas nas 58 escolas municipais de 30 bairros. Devido à excelência do projeto, ele está sendo implantado não só em vários estados, como também em outros países. Os 80 mediadores culturais do programa se reúnem todas as segundas-feiras para um longo processo de formação, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. O objetivo da formação da última segunda-feira, coordenada pela artista plástica Júlia Csekö, 28 anos, e pelo secretário de Cultura e Turismo, Marcus Vinicius Faustini, 38 anos, era aumentar o repertório de truques dos mediadores das oficinas culturais.
A oficina cultural que está sendo implementada foi batizada de “Brasão do Descobrimento”. A tarefa implica criar um brasão, símbolo de nossa cidade, de uma forma peculiar, buscando relacionar artes plásticas com o cotidiano. Seu objetivo é aflorar a capacidade criativa das crianças do ensino fundamental.
Forma direta e tátil
por Fernanda Bastos e Jéssica de Oliveira
O projeto Bairro-Escola, programa implantado pela Prefeitura de Nova Iguaçu há três anos, tem como objetivo integrar atividades culturais, educativas, esportivas e pedagógicas nas 58 escolas municipais de 30 bairros. Devido à excelência do projeto, ele está sendo implantado não só em vários estados, como também em outros países. Os 80 mediadores culturais do programa se reúnem todas as segundas-feiras para um longo processo de formação, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. O objetivo da formação da última segunda-feira, coordenada pela artista plástica Júlia Csekö, 28 anos, e pelo secretário de Cultura e Turismo, Marcus Vinicius Faustini, 38 anos, era aumentar o repertório de truques dos mediadores das oficinas culturais.
A oficina cultural que está sendo implementada foi batizada de “Brasão do Descobrimento”. A tarefa implica criar um brasão, símbolo de nossa cidade, de uma forma peculiar, buscando relacionar artes plásticas com o cotidiano. Seu objetivo é aflorar a capacidade criativa das crianças do ensino fundamental.
Forma direta e tátil
No período matinal, todos os oficineiros participaram de uma “atividade norte”, onde receberam estímulos da facilitadora e mediadora de artes plástica Júlia Csekö. “O objetivo da tarefa que ofereci era proporcionar uma experiência de troca, criando um pensamento crítico e de reflexão”, conta Júlia Csekö, que é formada em artes visuais pela UFRJ. Na tarefa que sugeriu aos mediadores das oficinas culturais, eles tinham que criar personagens a partir de recortes de revistas e jornais.
Na segunda parte da reunião, os mediadores culturais receberam instruções e dicas do secretário de Cultura e Turismo, Marcus Vinicius Faustini. Em sua palestra, houve diversas sugestões de como buscar imagens que incitem a reciclagem e re-significação de idéias e figuras representativas do descobrimento do Brasil, buscando associar educação às brincadeiras infantis. “Como mediadores, vocês têm que resgatar as experiências atuais das crianças e aplicá-las no brasão de forma direta e tátil, fazendo com que a imagem fale por si só e as crianças se sintam atraídas pela história do descobrimento”, explica durante uma apresentação de slides informativos. O objetivo geral é desenvolver nas crianças habilidades de pensamento comparativo dos conteúdos do tema com elementos do seu território e vida.
Imagem e cotidiano na construção de identidades espaço-temporais? Adorei essas observações (óbvio para um Geógrafo louco). Vale lembrar que durante o Fórum Mundial de Educação 2008 - nós estavamos lá meu amor (Nanda)- em uma das oficinas, tivemos contato com a secretaria de Educação de Belo Horizonte/MG e a troca de experiências foi muito rica no que diz respeito das estratégias visuais educativas na educação integral. O projeto de carta Fonada (e escrita) entre as escolas, desenvolvido por uma profesora do referido município, foi uma estratégia cujo exito superou suas expectativas pois os alunos "escreviam" e "liam" sua identidade e havia a troca "intercambio" com outros sujeitos de outros espaços. Algo visual, "tátil" como disseram (as jovens reporteres) foi um dos fatores positivos pois a criança desenvolve a percepção da polissemia das imagens.
ResponderExcluirA respeito do uso das imagens no trabalho com o cotidiano das escolas, os trabalhos de Nilda Alves e Inês Barbosa são fundamentais. Inclusive estes trabalhos são complementados com a colaboração de um professor da Federal de Minas Gerais, Carlos Ferraço.
Recomendo Tres leituras aos interessados:
OLIVEIRA, Inês Barbosa. Aprendendo nos / dos / com os cotidianos a ver/ ler /ouvir /sentir
o mundo. In: Educação e Sociedade. Campinas, vol. 28, nº 98, janeiro/abril, 2007 (p.
47 – 72).
ALVES, Nilda & OLIVEIRA, Inês Barbosa de. Imagens de escolas: espaçostempos
de diferenças no cotidiano. In: Revista Educação e Sociedade. Abril 2004, vol 25, nº
86. (p. 17-36).
FERRAÇO, Pesquisa com o Cotidiano. Educ Soc. Campinas, vol 28 nº 98, p. 73-95: jan / abr/2007
Geoeducador - Edson Borges
www.geoeducador.xpg.com.br
As fotos estão maravilhosas e a matéria deixou um gostinho de "por que não nasci uns anos depois?", assim hoje em dia estaria participando dessa nova metodologia, que tanto se fazia necessária.
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