Por Felipe Lacerda
Antes de mais nada, gostaria de fazer um comentário pessoal. Há cerca de três anos, uma equipe do RJTV esteve em Nova Iguaçu para fazer uma pesquisa com a seguinte pergunta: "A proibição de armas de fogo diminuirá a violência em nosso estado?"
Meu voto foi ‘não’. Naquele dia, tive a oportunidade de dizer, ao vivo, o que penso. Dessa vez, baseado no filme ‘Última parada 174’, irei dar continuidade ao meu pensamento. O filme de Bruno Barreto mostra o caminho percorrido por um jovem de rua até ele se tornar o seqüestrador mais conhecido da mídia.
Em minha opinião, proibir a venda de armas de fogo no Brasil não diminuiria a violência. Até porque o que faz uma pessoa - seja ela menor ou não - ser violenta não é a arma de fogo, mas sim o que ela carrega em seu coração.
Para mim, construir mais abrigos com pessoas capacitadas trabalhando neles já seria um bom começo. As cenas do filme mostram a vida de um jovem que aprendeu a ser bandido. A única sorte que Sandro teve na vida foi escapar com vida da famosa chacina da Candelária.
Na chacina, ele era vítima, porém, cerca de 10 anos depois, Sandro tornou-se um perigo para a sociedade. Seu dilema começou quando, ainda jovem, se envolveu no seqüestro de maior repercussão nacional. Para piorar, o seqüestro terminou com num desfecho trágico: seqüestrador e vítima morreram baleados, possivelmente por disparos vindos do armamento da polícia.
Falta de oportunidade? Eu diria que sim, mesmo sabendo que o seqüestrador recebia acompanhamento de uma assistente social. Mas isso ainda era pouco. A vida de Sandro terminou diante dos olhos da sociedade. Mas como a vida de um bandido que merecia morrer. Poucas pessoas conseguem perceber que Sandro era alguém tratado como ninguém. De quem é a responsabilidade? Da família, dos amigos, da polícia ou da sociedade? Seja lá de quem for, esse caso manchou a história para sempre.
Nossa, ficou muito f...Soda, Lacerda!
ResponderExcluirParabéns!