Por Daniel Santos
A banda paulista, Oficina G3 se apresentou mais uma vez na Baixada. O show, que já era bastante esperado, aconteceu no dia 18 de outubro, no ginásio do colégio Abeu, em Belford Roxo. Em nova turnê, a banda despertou o ânimo dos fãs presentes com o desempenho do novo vocalista Mauro Henrique. O nome do novo CD da banda é "Depois da guerra". Trata-se de um relato de todas as batalhas vencidas pela banda durante os 21 anos de trajetória.
Cerca de duas mil pessoas circulavam na quadra onde o show foi realizado. Ao redor do local, não parava de surgir gente de todos os cantos, de todas as tribos e de seguimentos religiosos diferentes.
Formado em sua grande maioria por jovens, o público do evento assistiu ao sorteio de um violão autografado por Juninho Afram antes de o show começar. Pelo menos três bandas, todas elas gospel, abriram o show. Embora a galera tenha curtido o som dessas bandas, ninguém escondia a ansiedade para o início da atração principal. De repente, um grito de guerra toma conta do ginásio. Era a clássica saudação: "Oh, oficina! Cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!"
Parecia que o público estava adivinhando, pois, poucos minutos depois, eis que os "manos", como são chamados carinhosamente, sobem ao palco. Belford Roxo foi ao delírio. O show começou com muito rock e agito, fazendo a galera disputar cada espaço para ficar mais próximo dos caras. Como o publico ainda não sabia cantar as músicas novas, só restaram as opções de muitos flashs em direção ao palco e pulos para todos os lados. Dentre as músicas, algumas inéditas foram tocadas, como "Eu sou" e "Continuar", ambas do novo álbum. As músicas dos álbuns passados também foram tocadas, como "Razão", "Valéria", "Perfeito amor", "O tempo" "Te escolhi", "Eu, Lázaro" e "Indiferença".
Por ser uma banda evangélica, os integrantes procuram passar mensagens a respeito do que vivenciam para o público. "Todo negativismo do mundo pode ser transformado se nós nos unirmos e vivermos os ensinamentos de cristo", disse o mensageiro e guitarrista Juninho Afram.
Provando que não são conhecidos à toa, os caras do G3 retomaram o show com mais atitude e agito. O integrante Duca Tambasco era o que mais zoava na noite. Ele foi até a galera e fez um solo de baixo que, no início, lembrava músicas de desenhos animados, como Pantera Cor de Rosa e os Simpson. Mas de repente o solo de Duca se transformou em algo distorcido, fazendo tremer as estruturas do colégio Abeu.
O público saiu satisfeito com o show. A música "Até quando", mais conhecida como "Humanos", foi pedida aos gritos pelos fãs, mas parece que ela não estava no repertório. Para descontrair, Mauro Henrique, o novo vocalista, brincou com a situação. "O (tecladista) Jean Carllos (que canta a parte mais agressiva da música) está rouco." Continuando a brincadeira, a banda tocou uma versão dessa música no estilo reggae, tornando a noite ainda mais divertida. Mas logo a brincadeira acabou e os manos executaram o hit da banda na sua versão original e pesada, fechando a noite com chave de ouro.
Depois do show, os caras ainda ficaram mais de meia hora em cima do palco, dando autógrafos e jogando paletas e banquetas para a galera. Em seguida, a banda foi para o camarim, sendo seguida por muitos fãs. Alguns tiveram acesso, podendo ficar bem próximos dos músicos. Quando a banda deixou o ginásio, uma multidão de jovens correu atrás do ônibus que transporta o grupo. Era a hora da despedida.
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