segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Heróis por alguns minutos

Febre do Guitar Hero chegou a Nova Iguaçu

por Daniel Santos

Quem nunca sonhou em ter uma banda e se tornar uma estrela do rock? Isso é ótimo, né? Pena que pouquíssimos felizardos possam chegar até lá. Uma das formas de vencer as barreiras que nos separam do estrelato está no Guitar Hero, um divertido jogo de gênero musical. Com ele, você pode tocar clássicos do bom e velho rock and roll como se fosse um mestre do instrumento.

As opções vão de Deep Purple a Iron Maden, passando por Red Hot Chilli Peppers e Nirvana. E o melhor de tudo: toca com um joystick em forma de guitarra, geralmente baseado na guitarra Gibson SG. Para quem não sabe, esse instrumento foi o companheiro inseparável de astros do quilate de um Jimi Hendrix, Carlos Santana e Frank Zappa.

O jogo, que foi desenvolvido em 2005 nos Estados Unidos, tornou-se mundialmente conhecido e está em sua sétima edição oficial. No Brasil não foi diferente: o jogo logo virou febre entre os jovens. Nova Iguaçu, uma cidade com um imenso número de tribos, também aderiu à novidade. Quem quiser ver, basta ir ao Top Shopping e ao Center, o primeiro shopping da Baixada Fluminense.

Vale tudo
Lá você vai ver adolescentes e até mesmo adultos se divertindo sozinhos, em duplas ou mesmo em grupos disputando campeonatos. "Vale tudo pra colocar o nome entre os melhores do ranking", diz o comerciante conhecido como Tião do Fliper, que já organizou diversos torneios de Guitar Hero. Seus campeonatos costumam reunir centenas de jovens dispostos a tudo para entrar no ranking. Os dez primeiros colocados ganham medalhas e o grande vencedor pode levar para casa um troféu, um MP3 e um controle em forma de guitarra.

A fissura pelo game vai muito além do fliperama. Já é grande também o número de jogadores que aderiram às diversas modalidades de aparelhos eletrônicos compatíveis com o Guitar Hero: celular, videogame e computador conectado ou não à internet.

Esquece o jantar

Diógenes Lima, 16 anos, que acabou de migrar do videogame para o fliperama, encontrou no Guitar Hero uma forma de evitar os jogos violentos. "Gosto de interagir com o jogo", diz ele. "Parece que realmente estou tocando uma guitarra." Ele, que gosta de tocar principalmente a música Stricken, da banda Disturbed, passa cerca de quatro horas diárias de cara para tela, muita das vezes acompanhado de outros players.Embora já tenha comprado uma guitarra no valor de R$ 140 e CDs de várias edições do jogo, Diógenes não se sente um viciado. "Também tenho minha vida social", afirma. "Gosto do jogo, mas consigo conciliar meu tempo a outras coisas , meus amigos e minha namorada."

A vida do roqueiro Nilton Felipe, 18 anos, nunca mais foi a mesma desde o dia que conheceu as "fantásticas possibilidades de fazer um som com apenas alguns botões do jogo". Ele, que uma vez começou a jogar depois do almoço e só parou para jantar, "lá pelas onze da noite", não tem dúvidas quanto ao seu diagnóstico: "Me considero um viciado mesmo", admite. "Já deixei de fazer tarefas do meu curso pra jogar Guitar Hero." Para tornar a disputa ainda mais emocionante, ele reúne alguns colegas para jogar. "A zoação rola solta, pena que não tem nenhuma garota. Mas o lado bom é que da pra xingar a vontade."

Tem gente que transforma o teclado do computador em uma grande guitarra. Esse é o caso de Rafael Passos, o Venom 1000. "Comecei a jogar pelo PC há uns 4 meses e há uns dias atrás me achava um viciado", admite ele, que toca baixo em sua igreja. "No começo, fazia o teclado de instrumento musical. Mas acabou não dando certo. Eu viajava, parecia um maluco, achando que tava tocando guitarra." A indústria de celulares também está se adaptando à febre do GH, incluindo o game na maioria dos aparelhos. "Quando não tenho mais nada pra me divertir, pego o celular e o guitar hero vira meu passatempo", afirma o estudante Leandro da Silva Tenório, 15 anos.

4 comentários:

  1. Muito boa a metéria cara !!
    ta de parabéns!!

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  2. O assunto foi passado de forma bem completa. Já vi grupos de meninos jogando e foi bom entender melhor dessa paixão/vicio deles :)

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  3. Nossa, esse Diih é mto gaaaaatooo, eu pegava

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  4. po me amarro nesse jogo,jogo melhor do que o autor Daniel Santos ele fez a matéria e nem sabe jogar direito,rsrs
    ZOA... Tá show a matéria lek fica na paz

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