quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A feira da discórdia




Feira de carros divide comunidade de Santa Eugênia
por Leonardo de Oliveira e Lucas Lima

Acontece há aproximadamente 10 anos no bairro de Santa Eugênia uma feira automotiva que promove a negociação de veículos dos moradores da região. A feira ocorre todos os domingos pela manhã, nas proximidades do supermercado Extra.

Os vendedores chegam ao local e, aproveitando o grande interesse por veículos usados, sempre mais em conta, expõem seus veículos livremente sem qualquer organização formal. “Estou aqui à procura de um carro mais barato, porque as prestações em uma concessionária estão superaltas”, diz a jovem Ilce Camila da Silva, 19 anos. “Vale mais a pena comprar um carro usado do que um 0 km.”

Embora a feira seja informal, os vendedores afirmam que a transação é totalmente legalizada, sendo registrada em cartório e acompanhada pelo DETRAN. Assim como a legalização, o pagamento também não é realizado no local da feira para que haja um maior conforto entre ambas as partes. O interessado e o vendedor entram em contato e, juntos, combinam as melhores condições de pagamento. “A feira funciona apenas como uma vitrine de divulgação, o trâmite é todo feito na minha casa”, declarou o vendedor Carlos Faria, 42 anos.

Sujeira
A feira começou no estacionamento do extinto mercado Paes Mendonça, mas, quando mudou a administração, ela feira passou a ser realizada do lado de fora. Foi aí que começaram os incômodos para a comunidade. “Não gosto dessa feira, pois simplesmente atrapalha todo o transito”, afirma a comerciante Neucina Eneu, 57 anos. “É horrível quando os pedestres precisam passar pela calçada e ela está completamente interditada.” A moradora Heliédina Ferreira, 33 anos, aumenta o coro dos descontentes. “Até mesmo os ônibus precisam esperar o da contramão passar para que ele possa seguir em frente”, reclama. Os moradores também ficam irritados com a sujeira deixada pelos vendedores.

Entretanto, não são todos os moradores que se incomodam com a feira de automóveis. Esse é o caso de Paulo Henrique, que mora na Santa Eugênia há 34 anos e aproveita o burburinho da feira para passear com o filho pequeno. “Não me incomodo nem um pouco”, afirma. “A feira é boa para as pessoas que têm dificuldade para vender seus carros e motos."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Uma kombi que resiste ao tempo

II IGUACINE Exibido na sessão de homenagens do II Iguacine, 'Marcelo Zona Sul' continua encantando plateias 40 anos depois de sua es...