sexta-feira, 28 de março de 2008

Roteiro da chacina? é possível?

Forum Mundial ousa e faz o Roteiro da Chacina para quebrar o estigma da violência no bairro Cerâmica.

Por Bruno Marinho
Imagem de celular por Bruno Marinho, editada por Evio Nobre.

É isso mesmo. Dia 28, na Universidade Estácio de Sá, houve a discussão sobre a proposta da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo: levar os participantes do Fórum Mundial de Educação para conhecer o local da tragédia no bairro Cerâmica. Isso pareceu aos participantes uma idéia muito louca, que só iria trazer prejuízo ao turismo do nosso município. "Porém, a proposta central é quebrar o estigma negativo de que a Baixada é violenta e, com o roteiro, os bandidos poderiam ter medo de repetir esse ato monstruoso”, disse Juliana Pereira, estagiária de turismo da secretaria.

A idéia do roteiro foi amadurecida em um congresso, onde os estagiários da Secretaria de Cultura e Turismo participaram. Lá, eles ouviram pedidos para que esse roteiro fosse feito.

- Diferente dos roteiros paisagísticos, como seria em Tinguá ou no Parque Municipal, o turismo da Chacina iria mudar algo no município e o roteiro vem com esse intuito - argumentou Nádia Maria Alves, Subsecretária de Turismo.

O roteiro acontecerá dia 29, às 18 horas. O local de saída será a Estação Bairro-Escola. Os participantes irão jantar com os moradores do bairro Cerâmica e assistir à apresentação de grupos locais de dança e música. "Esse é o evento principal do roteiro", disse Écio Salles, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, "pois os próprios moradores são os anfitriões e assim aumenta o pertencimento deles ao seu bairro."

Não percam esse turismo diferente!

A escola não tá com nada

Tema polêmico aquece debate sobre o futuro das escolas

Por Willian Faria da Costa.

Imagem - Mazé Mixo, editada por Evio Nobre.

Uma palestra bastante polêmica agitou o primeiro dia de atividades autogestionadas realizadas pelo Fórum Mundial de Educação. Sob o tema "A escola não está com nada", jovens que abandonaram a sala de aula puderam falar sobre os motivos que tornam a escola tão distante da realidade de quem a freqüenta. O público dessa mesa, bem diversificado, era formado por pessoas ligadas à educação, à proteção da criança e adolescente e entusiastas da aproximação entre escola e aluno.

O diálogo, conduzido por Marcus Faustini, Secretário de Cultura da cidade, teve a presença de dois jovens que residem em abrigos públicos. Os relatos sinceros e desconsertantes desses jovens alimentaram a curiosidade dos educadores que buscam novos métodos de ensino e atividades complementares que despertem o interesse e evitem a evasão escolar.

Segundo os jovens, a escola se preocupa em formar profissionais e acaba esquecendo do seu papel na formação do cidadão. Com isso, o espaço que deveria ser de experimentação se transforma em celeiro de regras e formalismos para atender às exigências do mercado.

- Os professores não nos entendiam, só se preocupavam em jogar a matéria no quadro e nada mais. O colégio era muito cheio de regras - disse M., um dos jovens que largou os estudos.

Outro problema enfrentado pelos jovens é a falta de atividades externas, culturais e esportivas.

- Como eu já ficava muito preso em casa, na escola queria viver a liberdade e não podia. No colégio, eu gostava de esportes, aulas externas, artes e educação física. O professor de educação física conversava com a gente.

Os professores revelaram que há dificuldade de diálogo entre eles e os pais dos alunos, fator que permitiria a aproximação do professor com a realidade vivida pelo aluno.

O debate foi encerrado com a compreensão de que professores, alunos e pais têm que conviver mais próximos para que a formação da criança seja integral.

Quando perguntado se agora, com o entendimento da importância da formação escolar, gostaria de ser professor, S. mandou "na lata": "só se for de grafite".

Terapeuta por um dia



Por Flávia Ferreira
imagens-Mazé Mixo
A intenção da atriz Lílian Lopes era fazer uma performance cômica, mostrando que o professor é tão carente quanto qualquer ser humano. Mas principalmente os normalistas acreditavam piamente na psicanalista que interpretou, em um divã instalado no pátio do SESC de Nova Iguaçu no Seminário de abertura do FME. "A vontade que as pessoas têm de falar é tão grande que elas nem prestaram atenção no meu jaleco branco, que não tem nada a ver com um terapeuta", disse a atriz.

Também professora do ensino fundamental, Lílian adorou a experiência de ouvir o problema dos outros.

As pessoas que trabalhavam como apoio no fórum também fizeram sua “consulta”, como por exemplo Pâmela Tassio. “Senti um alivio imenso depois dessa conversa”, disse ela. Mas ela não foi a única a se sentir bem depois de conversar com a suposta psicóloga. O normalista Pedro Almeida contou que essa experiência foi interessante e esclarecedora. “Falei de minha infância, das cobranças excessivas e sobre pressão de minha família



quinta-feira, 27 de março de 2008

Bloco na rua

Marcha de abertura reúne 5 mil pessoas na Via Light.

Por Bruno Marinho
Imagens - Natália Ferreira e Bruno Marinho

Crianças encapuzadas distribuíram flores durante a marcha de abertura do Fórum Mundial de Educação. Elas protagnizaram um dos momentos mais intrigantes da marcha, que, segundo estimativas da Polícia Militar, arrastou uma multidão de 5 mil pessoas.
A marcha, que saiu da Vila Olímpica às 9h15, seguiu pela Via Light até a Estação Bairro-Escola. Ela foi liderada pelo prefeito Lindberg Farias. “Estamos aqui para mostrar ao mundo a experiência do Bairro-Escola”, disse o prefeito.

A presença de diversos grupos musicais, que iam do consagrado Afro-Reggae à banda da escola Roberto Silveira, fez da Via Light um pequeno carnaval. Artistas da cidade fizeram intervenções ao longo do percurso, como apresentações circenses do grupo MACA (Movimento Alternativo de Cultura e Arte) e a dança afro-brasileira do Afoxé Maxombomba.
A marcha reuniu pessoas de vários tipos, credos, raças e lugares. “Muitas cores”, resumiu, emocionada, a pedagoga cubana Evarina Dello, da Universidade de Havana. Grupos ecológicos fizeram um apitaço para chamar a atenção para a questão ambiental. Diversos grupos políticos aproveitaram a marcha para mandar todos os tipos de mensagem.

Professor da Universidade de Lisboa, Agostinho dos Reis Monteiro chegou a Nova Iguaçu com a expectativa de trocar experiências. “Quero ver o que está acontecendo aqui e mostrar o que está sendo feito em Lisboa”, disse o professor português. Também presente à marcha, a secretária de Educação Marli Freitas disse que a “Baixada deve se orgulhar do fórum”. “Ele quebra o estigma de lugar violento de Nova Iguaçu.”

Fórum da Diversidade

Fórum Mundial de Educação vira grande encontro da diversidade cultural.
Por Flávia Ferreira
Imagem - Bruno Marinho

Malabaristas, estudantes, políticos, ambientalistas e músicos transformaram a marcha de abertura do Fórum Mundial de Educação num grande encontro de tribos diferentes.
No meio da multidão, porém, havia indígenas na acepção exata da palavra. Um deles era o professor Tonico Benites, da tribo Guarani, da etnia guarani-kaiowá. Ele veio de Mato Grosso do Sul para participar da mesa que discutirá a diversidade em prol da educação. "No Brasil existem cerca de 220 etnias, mas a escola dá uma visão única e padronizada dos índios", disse Tonico.
Depois de meses pesquisando a escola tradicional, Tonico chegou à conclusão de que a educação padrão aborda a questão indígena de forma estereotipada e superficial. Segundo ele, o índio é tratado como se ainda estivéssemos no século XVI. "Se a escola trata a questão indígena de forma errada, é claro que não estão esclarecendo as pessoas sobre o real valor do povo indígena."

Para Tonico, o problema não é falar do índio, mas falar corretamente e ter uma visão atual sobre o estilo de vida de um índio. "O brasileiro vê o índio de forma negativa", disse ele.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Roteiro educativo

Participantes do Fórum viajarão pelos caminhos do Bairro-Escola

Por Flávia Ferreira
Imagens - Oficineiros de Cultura e Mazé Mixo


Durante esta 2° edição do Fórum Mundial de Educação, os participantes poderão pegar carona no Roteiro Bairro-Escola. O roteiro inclui os seis bairros que mais se destacaram no programa. Os visitantes farão o percurso guiados pelos oficineiros culturais e por um conjunto de turismólogos formados aqui mesmo, em Nova Iguaçu. Com isso, junta-se o útil ao agradável: os turistas se tornarão mais íntimos do processo educativo implantado pelo governo Lindberg Farias e de quebra conhecerão a cidade.

Locais a serem visitados:











































segunda-feira, 24 de março de 2008

Invasão comunicativa

A Escola Agência de Comunicação se alastrará, do dia 26 ao dia 30, pelos pontos do Fórum Mundial de Educação.

Texto e imagem - Flávia Ferreira

A Escola Agência de Comunicação invadirá a 2° edição do Fórum Mundial de Educação, que será realizado nos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de março. Os jovens estagiáris da Escola Agência irão distribuir uma revista com reportagens, feita por eles, sobre a cidade de Nova Iguaçu. Tudo isso para mostrar a forma de ensino proposta pelo programa Bairro-Escola (BE) e revelar porque a comunidade se interessa tanto em participar.

Nessas matérias abordaremos, ou melhor, responderemos uma pergunta chave: "Porque o Bairro-Escola dá certo?". Para isso, colocamos em pauta os parceiros (pessoas e instituições) que são, na prática, os grandes responsáveis pelo funcionamento do projeto. Esse programa contribui muito para fazer de Nova Iguaçu uma cidade verdadeiramente educadora, pois traz a comunidade para dentro da escola e vice e versa.

Prepare-se também para esse movimento social, educacional e cultural. Afinal, como diria Paulo Freire, "Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda".

quarta-feira, 12 de março de 2008

Grafiteiras dentro da lei

Mulheres realizam intervenção na Praça dos Direitos Humanos

Por Flávia Ferreira
Imagem – Flávia Ferreira


Neste domingo, dia 9 de Março, aconteceu a ação de grafite feita pelo projeto 'Grafiteiras pela Lei Maria da Penha', o qual cria, através da arte, uma nova forma de se discutir as causas da violência contra a mulher, criando válvulas de escape para as jovens mulheres das comunidades carentes.

A Constituição Federal e os tratados internacionais validados pela República Federativa do Brasil falam sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e estabelecem medidas de assistência e proteção para as vítimas, mas esta Lei cria mecanismos diferentes para coibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher, podendo resultar em prisão do agressor.

O 2° encontro das grafiteiras do Rio de Janeiro foi promovido pelo Com Causa, que já atuou em projetos como o “Baixada na Pista” e o “Rio Hip Hop contemporâneo”. Esse encontro se deu com a intervenção das mulheres na praça dos direitos humanos no centro de Nova Iguaçu, que ganhou uma nova cara após a interferência. Mulheres de diferentes localidades e países reuniram-se para expandir, com o auxílio da arte, a discussão sobre violência.

As grafiteiras capacitadas para divulgar a lei Maria da Penha realizarão oficinas no período de Março à Maio em Nova Iguaçu e São João de Meriti . Como disse Morgana, 24 anos, as oficinas servirão para dividir o conhecimento que elas têm sobre grafite com as outras meninas.

A formação cidadã que as grafiteiras tiveram auxiliou no conhecimento de seus direitos, pois, segundo elas, o grafite como forma de expressão espalhará pelos muros da cidade as vozes das mulheres através da arte.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Fórum Mundial de Educação 2008

O desafio de uma "Educação cidadã por uma cidade educadora".

por Flávia Ferreira
imagem- FME

De 27 a 30 de Março, Nova Iguaçu será palco do Fórum Mundial de Educação 2008 (FME). O evento terá como tema central a educação cidadã e contará com a participação de todos os municípios da Baixada Fluminense, os quais estarão unidos a outras entidades civis e movimentos populares buscando caminhos para uma Cidade Educadora.

“Educação Cidadã para uma Cidade Educadora” vem, novamente, como tema central dos debates, na cidade anfitriã, que já foi palco do Fórum em 2006. Esta edição do FME será estruturada em três eixos: Educação, Cultura e Diversidade; Ética e Cidadania em tempos de exclusão e Estado e Sociedade na Construção de Políticas Públicas.O Fórum também contará com duas novas comissões dentro do Comitê Organizador, a de Meio Ambiente e a de Esportes, complementando as existentes.

O objetivo do FME-NI é transformar-se em um espaço de constante formulação de alternativas educacionais,para trocar experiências e construir, com o todo, uma rede de articulações entre os mais variados movimentos e iniciativas. Isso traduz um momento único de propor soluções e expor suas idéias sobre a educação em sua cidade. A organização do Fórum dispôs um espaço de exposição de teses, de debates, de troca de experiências, de coordenação de projetos vinculados ao alcance dessa Cidade, para enfrentamento dos problemas sociais.

Dentre os locais de realização das atividades, está a Universidade Estácio de Sá, o Sesc Nova Iguaçu, o Colégio Municipal Monteiro Lobato, a E. E. João Luiz Nascimento e a Estação Bairro Escola. Maiores informações e inscrições podem ser obtidas no site do Fórum.

Cursos

Novos cursinhos surgiram essa semana na Faetec República, em Quintino.

Isso mesmo! E são gratuitos. A única coisa que você terá que fazer, dependendo do curso, é participar de um sorteio. Os cursos são:


*Cadismo;
*Português;
*Redação;

A inscrição vai até esse final de semana, mas não se preocupe, pois outros novos cursos irão surgir e você terá outras oportunidades. E se nós aqui do Escola Agência ficarmos sabendo de outras novidades, iremos publicar para você!


Então aproveita e inscreva-se, pois essa oportunidade não é pra qualquer um, não deixe passar não, valeu?

Se você quiser saber mais sobre o assunto, ligue para o número: 2299-1863 - Centro de Informações da Faetec (CRI).

quarta-feira, 5 de março de 2008

Aproveite as oportunidades que o Espaço Cultural Sylvio Monteiro oferece.

O Espaço Cultural Sylvio Monteiro traz novamente os espetáculos teatrais para o público iguaçuano. Dessa vez estão em cartaz "O Maldito, a verdadeira face da alma humana" e " Pequenas Sagas Nordestinas", do diretor Ribamar Ribeiro. Para os admiradores da arte que queiram ver as duas peças, o Espaço proporcionou uma imperdível promoção. Para saber melhor olhe os flyers abaixo.

Individual:

Promoção:

Uma kombi que resiste ao tempo

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